O líder da oposição no Senado, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), vai protocolar nesta terça-feira (28), às 12h, o requerimento que pede a criação da CPI do MEC. O senador conseguiu as 27 assinaturas necessárias ainda na semana passada, mas decidiu esperar até hoje para obter uma margem de segurança. Isso porque o governo tentava convencer senadores a retirarem o apoio à criação da comissão. Agora, o requerimento tem o apoio de 28 senadores.
A instalação ainda depende da decisão do presidente da Casa, Rodrigo Pacheco, que tem se mostrado resistente a instalar uma CPI em ano eleitoral. Quando ocorreu a CPI da Pandemia, a oposição precisou acionar o Supremo Tribunal Federal para garantir a instalação do colegiado.
Segundo interlocutores de senadores aliados do governo, o Planalto tem procurado os parlamentares para, caso instalada a CPI, tenha garantida a participação da “tropa de choque” de Jair Bolsonaro. Mas boa parte dos aliados estará em campanha para os governos estaduais, caso de Jorginho Mello e Marcos Rogério, o que pode dificultar a defesa do governo numa eventual CPI.
Requerimento da CPI
Após a prisão preventiva do ex-ministro da Educação, Milton Ribeiro, a oposição iniciou o requerimento para investigar as denúncias de corrupção dentro do Ministério da Educação (MEC).
Milton Ribeiro é alvo da operação da Polícia Federal, chamada de “Acesso pago”, que investiga o ex-ministro por tráfico de influência e corrupção para a liberação de verba pública do MEC. Além de Ribeiro, outras três pessoas também são investigadas pela operação.
O autor do requerimento também não descartou a possibilidade de que o presidente Jair Bolsonaro possa ser investigado, visto que o próprio ex-ministro citou que as ações foram tomadas atendendo pedidos de Bolsonaro.