Os velhos discursos de sempre
“Pouca saúva, muita saúva, os males do Brasil são”, a frase do Macunaíma, de Mário de Andrade, personagem síntese do Brasil, continua atual.
“Pouca saúva, muita saúva, os males do Brasil são”, a frase do Macunaíma, de Mário de Andrade, personagem síntese do Brasil, continua atual.
No ano mais difícil de sua história, o PT, em vez de encolher, como apontavam as previsões, aumentou o número de militantes em 2015.
Marina Silva afirmou, em entrevista à Rádio Gaúcha, que a presidente Dilma Rousseff “não tem mais a liderança política no País nem maioria no Congresso”.
Como natural, a reforma política avançou em 2015, a exemplo dos anos anteriores. E como seria de esperar, o resultado ficou aquém da necessidade. Salvou-nos, da precariedade do debate legislativo, as decisões do Supremo Tribunal Federal e os efeitos colaterais da operação “lava jato”.
O ano passado, no Brasil, terá sido o que a monarquia britânica qualifica como annus horribilis, pela impressionante combinação de crises de todos os gêneros. Não há razões, infelizmente, para presumir que 2016 venha a ser diferente.
Michel Temer se movimenta para não perder comando do PMDB. O vice-presidente busca um acordo na disputa pela liderança do partido na Câmara.
A crise arrombou portas e janelas e está sendo percebida como um amargo adeus às conquistas da era Lula. Tudo pode acontecer se não houver uma ação decisiva para que se estabilizem as expectativas com iniciativas concretas de ajuste fiscal e crescimento econômico.
O economista Raul Velloso, um dos maiores especialistas do país em finanças públicas, não vê saída para a aguda crise econômica fora da retomada dos investimentos públicos e privados.
Segundo todos os índices e pesquisas nacionais ou internacionais, a qualidade da educação brasileira é cada vez mais vergonhosa, constituindo-se como a maior das tragédias nacionais.
Barbosa, por meio de uma entrevista coletiva ou de documento/pronunciamento, írá dizer a que veio. Revelará o rumo e as linhas da política econômica que vai pôr em vigor. Eventualmente, também divulgará medidas econômicas.
O ministro da Casa Civil afirmou, em entrevista à Folha, que o PT “se lambuzou” no poder.
O consumo teve queda maior no sistema Sudeste/Centro-Oeste, que concentra 60% da carga demandada pelo país.
Uma série de eventos decisivos para os rumos da política nacional tende a encontrar seu desfecho em um mesmo mês de 2016. A cassação do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) no Conselho de Ética, por exemplo, é um deles.
No primeiro dia útil do ano, o dólar comercial tem forte alta.
Vale a pena comentar seus personagens centrais do impeachment. Há os que são a favor e os que são contra. Vou analisar apenas os que são contra. Afinal, parecem ser os vencedores.
O modelo político e econômico brasileiro não assimila o capitalismo de fato. De tempos em tempos, um gênio tenta forçar o capitalismo a assimilar suas ideias. E molemente, como sopa, um frágil capitalismo de mínimo esforço se diverte com um queixoso socialismo de esforço nenhum.
Não apenas pela crise econômica nem somente pelas investigações da operação Lava Jato, mas pelo descompasso entre as respostas do mundo político à situação que se apresenta.
As eleições municipais de 2016 vão acrescentar mais um complicador à já perturbadora situação política nacional.
Ainda parece difícil. Mas a promoção de Nelson Barbosa dá alguma esperança para as empresas de telecomunicações.
Para onde vai o PMDB, em meio à crise política nacional e à operação Lava Jato? Será que vai ser afetado a ponto de se esfacelar? E justamente quando talvez possa, via impeachment, chegar ao poder? Enfim, por mais paradoxal que seja, o sucesso e o fracasso do partido hoje caminham juntos.
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