O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) se reúne, nesta terça-feira (7), para escolher seu próximo presidente. A votação, que deve ser simbólica, referendará a ministra Cármen Lúcia como sucessora do atual presidente da corte eleitoral, Alexandre de Moraes.
O processo de escolha segue a tradição do TSE, em que o vice-presidente geralmente assume o cargo de presidente. Atualmente, essa função é desempenhada por Cármen Lúcia, o que praticamente garante sua nomeação para o posto mais alto da corte.
Cármen Lúcia vai liderar o TSE no biênio 2024-2026, período crucial que inclui as eleições municipais deste ano. Portanto, ela terá a responsabilidade de conduzir o processo eleitoral e garantir sua integridade e transparência. O ministro Nunes Marques assumirá como vice-presidente, compondo a nova liderança do tribunal. Ele é o segundo mais antigo no TSE.
Embora a escolha do novo presidente seja formalizada hoje, a posse oficial dos novos cargos está prevista para o próximo mês. Essa transição marca uma etapa significativa para o TSE e para o sistema eleitoral brasileiro, ou seja, colocando a ministra no centro da supervisão das próximas eleições.
Quem é Cármen Lúcia?
Cármen Lúcia, natural de Montes Claros (MG), é uma das figuras mais proeminentes do Judiciário brasileiro. É formada em Direito pela Faculdade Mineira de Direito, da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais. Além disso, é mestre em Direito Constitucional pela Universidade Federal de Minas Gerais. Em 1983, conquistou por concurso o cargo de Procuradora do Estado de Minas Gerais. Já em 2001, foi nomeada Procuradora-Geral do Estado.
Em 2006, Cármen Lúcia assumiu o cargo de ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), ocupando a vaga deixada pelo ministro Nelson Jobim. Sua indicação veio do então presidente Lula (PT). Dois anos depois, em 2008, tomou posse como ministra substituta do TSE. Entretanto, no mesmo ano, o presidente da casa, ministro Ayres Britto, nomeou-a diretora da Escola Judiciária Eleitoral.
Em 2009, Cármen Lúcia se tornou ministra efetiva da Corte. Em 2012, fez história ao ser a primeira mulher a presidir a corte, conduzindo as eleições municipais daquele ano.