Nesta terça-feira, o senador Roberto Rocha (PSDB-MA), presidente da Comissão Mista da Reforma Tributária defendeu a ideia de criação de um novo imposto sobre transações financeiras. Para Rocha, a ideia é viável desde a taxação seja temporária e cobrada somente em uma ponta.
Nos cálculos do senador, o imposto deve gerar receita de R$ 60 bilhões, permitindo que a tributação sobre a folha de pagamentos passe de 20% para 14%. A declaração foi feita em evento do Grupo de Líderes Empresariais (Lide).
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Rocha também disse que houve mudança no prazo para que a votação da reforma tributária ocorra na comissão mista. Segundo ele, o data limite que venceria hoje foi renovada e agora vai até o dia 10 de dezembro. Ele também disse que a reforma deve ser votada no plenário da Câmara ainda neste ano.
“Temos que dar um passo, apontar a direção e dar um passo. O tema que está mais nervoso é desoneração da folha. O setor de serviços está nervoso com isso por conta do IVA, que aumenta a carga tributária”, avalia.
Também presente no evento, o deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), relator da reforma tributária, disse que, para que seja aprovada, a reforma precisa garantir que não haverá aumento da carga tributária. O parlamentar defendeu também que o imposto único seja abrangente. “Não vamos ter dois sistemas funcionando. Vamos ter um sistema só”, disse.