À espera da PGR


Depois de vencer na sexta-feira (09) a batalha no julgamento da chapa Dilma-Temer pelo Tribunal Superior Eleitoral, o presidente Michel Temer enfrentará outra, agora com a Procuradoria-Geral da República. Há um processo de investigação em curso conduzido pelo procurador Rodrigo Janot a partir das gravações feitas pelo empresário Joesley Batista (JBS). A expectativa é que Janot apresente a denúncia contra o presidente nos próximo dias. De acordo com o jornalista Lauro Jardim (O Globo), até o dia 19 de junho.

Autorização do Legislativo

O processo é longo e similar ao impeachment. Uma vez concluída a denúncia, ela precisa ser autorizada pela Câmara dos Deputados. Se autorizada, será criada uma Comissão Especial cujo relator dará parecer sobre o caso. A comissão vota. Depois, o parecer é analisado pelo plenário da Câmara, sendo necessários 342 votos para ir adiante.

Obtidos os votos, o processo segue para o Supremo Tribunal Federal. O relator, ministro Edson Fachin, dará seu voto e este será submetido aos demais ministros. Se a maioria decidir acatar a denúncia, o Temer vira réu e é afastado por 180 dias. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), assume o cargo interinamente.

O Supremo então passa a cumprir as etapas do processo penal, com colheita de provas, depoimento de testemunhas etc, o que pode durar até seis meses. Após o julgamento, se condenado, o presidente é afastado definitivamente. Absolvido, retorna ao cargo.

O maior risco é o surgimento de fatos novos. Temer, que é um hábil negociador, conta hoje com apoio suficiente para barrar o pedido de investigação. Essa batalha acontecerá em um ambiente que ele conhece como poucos: o Poder Legislativo.

De qualquer forma, o pedido de investigação e a batalha na Câmara colocarão o governo, mais uma vez, numa situação de fragilidade. Nesse ambiente, dificilmente haverá espaço para votações polêmicas, como a da Reforma Previdenciária.

Postagens relacionadas

Institutos de pesquisa confrontam os likes do Twitter de Bolsonaro

Institutos de pesquisa confrontam os likes do Twitter de Bolsonaro

Possível liberação do aborto de fetos com microcefalia pelo STF é criticada na CAS

Usamos cookies para aprimorar sua experiência de navegação. Ao clicar em "Aceitar", você concorda com o uso de cookies. Saiba mais