Início » Telegram não aparece para assinar acordo de combate às fake news

Telegram não aparece para assinar acordo de combate às fake news

A+A-
Reset

O Telegram foi a única plataforma a ficar de fora da assinatura de acordos com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que tem o objetivo de combater a disseminação de desinformação no processo eleitoral. O acerto é que informações oficiais sejam priorizadas em publicações no Google, WhatsApp, Facebook, Instagram, YouTube, Twitter, TikTok e Kwai, mas o Telegram não se sentou à mesa junto às plataformas para fazer o acordo.

O presidente da Corte, ministro Luís Roberto Barroso, enviou ofícios à empresa na tentativa de agendar uma reunião com o diretor executivo do aplicativo, Pavel Durov, para discutir possíveis formas de cooperação sobre o combate à desinformação. Sem escritório no Brasil, não foi possível agendar o encontro, ainda que virtual. Barroso chegou a enviar um ofício à sede do Telegram em Dubai, mas a carta foi devolvida porque os Correios não encontraram um responsável para receber o documento.

O presidente do TSE e ministro do STF afirmou em entrevista que o Telegram pode ser banido no Brasil, ao constatar que qualquer plataforma que opere durante o período eleitoral está sujeita “à legislação e determinações da Justiça brasileira”.

Ministros do Tribunal Superior Eleitoral avaliam que o melhor caminho antes de banir o funcionamento do Telegram no Brasil é esperar uma ação do Congresso Nacional. O caminho desenhado por eles é a aprovação do projeto de lei das fake news, que exige que todas as plataformas tenham representação no Brasil.

Uso do Telegram

Atualmente, o Telegram está presente em 53% dos smartphones ativos no Brasil, segundo o TSE. O aplicativo passou a ser utilizado por grupos políticos como principal forma de comunicação após serem punidos em outras redes por publicação de conteúdos que violam regras, como divulgação de fake news e discursos de ódio.

O ministro Luís Roberto Barroso afirmou que o aplicativo tem um rápido crescimento no Brasil, mas que “no entanto, é por meio dele que muitas teorias da conspiração e informações falsas sobre o sistema eleitoral estão sendo disseminadas sem qualquer controle.”

Páginas do site

Sugira uma pauta ou fale conosco

Usamos cookies para aprimorar sua experiência de navegação. Ao clicar em "Aceitar", você concorda com o uso de cookies. Aceitar Saiba mais