A ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, se mostrou preocupada com a exploração de petróleo e gás na bacia Amazonas. Quando questionada sobre o potencial impacto ambiental na bacia, ela respondeu – lógico que preocupa – A fala ocorreu, nesta quarta-feira (13), no festival “Brasil é Terra Indígena”, em Brasília.
Logo após a manifestação, a Agenda Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis fez leilão de 38 blocos de exploração de petróleo. Nesse sentido, os blocos abrangem 11 bacias sedimentares nas regiões de: Pelotas, Espírito Santo, Potiguar, Santos, Recôncavo, Tucano, Sergipe-Alagoas, bem como do Amazonas.
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Exploração de petróleo
O Instituto Arayara, organização que defende o uso de recursos naturais e se preocupa com a exploração de petróleo, informa que cerca de 23 terras indígenas estão localizadas nas áreas de influência dos 15 blocos ofertados. Na ocasião, Guajajara afirmou que vai continuar lutando para combater a exploração ambiental em territórios indígenas.
– Somos povos resistentes e vamos continuar lutando, fazendo a resistência que precisa ser feita para evitarmos a exploração de petróleo dentro dos territórios indígenas – defendeu Guajajara. Ainda, de acordo com o instituto, a venda desses blocos simboliza uma forte ameaça socioambiental. Pois, tem a possibilidade de prejudicar diversas áreas, além da região amazônica.
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Consciência ambiental
Por fim, a ministra diz que a consciência da sociedade é importante para entender a situação ambiental do país.
– Precisamos muito dessa consciência também por parte da sociedade, de entender esta emergência que vivemos para, inclusive, ajudar a pressionar os governos. Temos que sair desse modelo (energético, baseado no uso de combustíveis fósseis); uma transição é realmente necessária – pontuou Guajajara.