O presidente Jair Bolsonaro (PL) recebeu refugiados afegãos para um almoço no Palácio da Alvorada, em Brasília, neste domingo (13). Eles foram recebidos pelo chefe do Executivo na porta do Palácio e, em seguida, recepcionados dentro da residência oficial do presidente. Bolsonaro disse que, em um momento oportuno, novos afegãos chegarão ao Brasil.
Na ocasião, Bolsonaro disse que se tratava de uma visita de solidariedade e destacou que o grupo já está se adaptando e migrando para outros locais no país. Segundo ele, o Brasil abriu as portas para os afegãos porque “para quem ficou lá o fim foi bastante trágico” e “a questão humanitária tem que se fazer presente”.
O encontro ocorreu um dia após o presidente visitar os afegãos refugiados no Brasil, em um alojamento que fica no bairro Jardim Ingá, município de Luziânia, cerca de 50 km da região central de Brasília.
Além desses refugiados, o país também recebeu, em outubro de 2021, um grupo de dez magistrados afegãos e suas famílias que obtiveram o visto humanitário e foram resgatados por uma operação conjunta entre associações de classe nacionais e internacionais. Muitos deles julgaram casos envolvendo membros do Talibã e estavam ameaçados de morte após a tomada do poder no país pelo grupo fundamentalista. Quem encabeçou a operação foi a Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), atendendo a um pedido da Associação Internacional de Mulheres Juízas.
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Conflito com o Talibã
Os afegãos fugiram do país para o Brasil em agosto do ano passado após o Talibã assumir o comando do governo local e instalar um regime autoritário. A tomada de poder ocorreu logo depois da retirada das tropas dos Estados Unidos da região.
O Talibã é uma organização islâmica fundamentalista de orientação sunita que surgiu no Afeganistão, em 1994. O grupo governou o país de 1996 a 2001, período marcado por violações aos Direitos Humanos. Em 2021 o grupo reassumiu o poder do país também violando direitos e com ações violentas para quem descumprir suas regras.