A disputa pelas presidências da Câmara e do Senado indicam tendência de vitória de candidatos governistas: Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (DEM-MG), respectivamente. Mas, o ambiente político favorece surpresas.
As sucessivas confusões do governo podem interferir no processo. A sucessão de declarações sore o país estar quebrado; a proposta de controle das polícias militares; e a intervenção na direção do Banco do Brasil caíram muito mal no Congresso. Para piorar, o agravamento da pandemia em Manaus e a inconsistência do governo federal nas respostas à questão enfraquecem ainda mais a imagem política.
Cresce o sentimento no Congresso de que ter presidentes aliados ao governo seria o fim da autonomia do Legislativo.
No Senado, Simone Tebet (MDB-MS) conta com a possível “traição” de 12 senadores ligados à oposição, cujos partidos declararam apoio a Pacheco. Muitos dos que votarão em Tebet acusam Davi Alcolumbre (DEM-AP), que apoia Pacheco, de ter transformado o Senado em uma imensa “câmara de vereadores” operando pontualmente em bases clientelísticas. Além disso, a votação é secreta, o que abre espaço para surpresas.
*Análise Arko – Esta coluna é dedicada a notas de análise do cenário político produzidas por especialistas da Arko Advice. Tanto as avaliações como as informações exclusivas são enviadas primeiro aos assinantes. www.arkoadvice.com.br