Em pesquisa eleitoral realizada pelo Exame/Ideia Big Data, divulgada nesta quinta-feira (24), mostra queda na distância entre o ex-presidente Lula (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL). Em cerca de 30 dias, a vantagem de Lula caiu de 15 para 11 pontos percentuais.
Lula lidera a sucessão com 40% das intenções de voto – no levantamento realizado em fevereiro, o ex-presidente registrava 42%. A oscilação negativa de dois pontos está dentro da margem de erro de três pontos percentuais, para mais ou para menos. Bolsonaro, que agora registra 29%, tinha 27% no mês passado. Ou seja, a avaliação positiva do presidente também ficou dentro da margem de erro.
Por ora, nenhum dos nomes da chamada terceira via ameaça Lula ou Bolsonaro. Os ex-ministros Sergio Moro (Podemos) e Ciro Gomes (PDT) aparecem como 9% cada um. Em relação ao levantamento realizado em fevereiro, Moro oscilou dois pontos para baixo enquanto Ciro ganhou um ponto.
O governador do Rio Grande do Sul (RS), Eduardo Leite (PSDB), registra 2%. O governador de São Paulo (SP), João Doria (PSDB), a senadora Simone Tebet (MDB) e o deputado federal André Janones (Avante) têm 1% das intenções de voto cada um. Brancos, nulos e indecisos somam 6%.
Nas simulações de segundo turno, Lula venceria todos os possíveis concorrentes: Bolsonaro (50% a 37%), Doria (53% a 24%), Moro (48% a 33%) e Ciro (46% a 30%).
Apesar da vantagem de Lula, ocorreu uma queda importante na avaliação negativa (ruim/péssima) do governo Jair Bolsonaro em relação a fevereiro, tendo caído cinco pontos percentuais (50% para 45%). A avaliação positiva (ótimo/bom) subiu três pontos (25% para 28%), percentual que está dentro da margem de erro. E o índice regular passou de 22% para 24% nos últimos 30 dias.
Mesmo com a queda da avaliação negativa do governo, a rejeição de Bolsonaro ficou estável em 47%. A rejeição de Lula, por sua vez, oscilou negativamente dois pontos (37% para 35%).
Conforme podemos observar, o grande obstáculo para Jair Bolsonaro é sua rejeição. De acordo com o Ideia Big Data, dos 45% que avaliam o governo negativamente, 37% o consideram “péssimo”. No outro extremo da avaliação do governo, somente 12% o avaliam como “ótimo”.
Por conta disso, 58% dos entrevistados consideram que Bolsonaro não merece ser reeleito. Outros 37% consideram que o presidente merece ser reeleito.
O grande motivador da rejeição do governo é a economia, que para 66% dos entrevistados está no caminho errado. Por outro lado, 34% entendem que a economia está no caminho certo.