Petrobras vai sugerir mudanças no PL dos combustíveis, diz Simone Tebet

Senadora Simone Tebet. Foto: Divulgação/MDB

Após reunião nesta sexta-feira (4) com o presidente da Petrobras, Joaquim Silva e Luna, a senadora Simone Tebet (MDB-MS) disse que a estatal garantiu que vai participar da construção do projeto de lei que cria um fundo de estabilização para os combustíveis. “A Petrobras está analisando o relatório do relator Jean Paul e vai apresentar outra sugestão”, disse. A senadora alegou não ter tido acesso à minuta da proposta da estatal.

Na reunião com Silva e Luna, Simone Tebet também defendeu que seja rompido o contrato de venda de uma fábrica de fertilizantes em Três Lagoas, no Mato Grosso do Sul, para uma empresa russa. Para ela, é inadmissível que empresa russa receba fábrica ‘quase pronta’ e Brasil continue dependendo de importação

A senadora se disse preocupada com a informação de que, em vez da produção de fertilizantes, será feita apenas a mistura de fertilizantes importados. De acordo com a parlamentar, Silva e Luna disse que vai levar o tema ao Conselho Administrativo da estatal. “A Petrobras precisa dizer para o povo brasileiro que não vai entregar uma fábrica de fertilizantes quase pronta, com custo baixíssimo para terminar para uma empresa russa que não vai resolver o problema de fertilizantes do Brasil”, declarou.

A expectativa era de que a produção de fertilizantes nitrogenados poderia reduzir a necessidade de importação do produto pelo Brasil em até 50%. Hoje, o país importa cerca de 85% dos fertilizantes que consome, dos quais 23% são comprados da Rússia. Com a guerra entre Rússia e Ucrânia, há temor sobre possível falta de fertilizantes, prejudicando o agronegócio brasileiro e até encarecendo o preço da comida.

A fábrica

Simone era prefeita do município quando cedeu um terreno de cerca de 50 hectares para a construção da fábrica da Petrobras. A Unidade de Fertilizantes Nitrogenados (UFN3) da Petrobras começou a ser construída em 2011. Com as denúncias do Petrolão, a estatal passou por reformulação e no seu projeto de desinvestimento retirou a produção de fertilizantes de suas prioridades. A obra foi paralisada em 2017, com mais de 80% pronta. Desde então, aguarda pela retomada. Depois de anos de negociação para viabilizar a sua venda, um grupo empresarial Russo (Acron) adquiriu a fábrica, com expectativa de retomar as obras no segundo semestre. No entanto, não estaria disposta a produzir fertilizantes totalmente no País, mantendo a dependência de importação do produto. A fábrica seria uma misturadora.

 

Postagens relacionadas

Reforma tributária: procurador da Fazenda analisa detalhes da regulamentação

IFI eleva estimativa do crescimento econômico do país em 2024

TSE inicia julgamento que pode cassar Sergio Moro

Usamos cookies para aprimorar sua experiência de navegação. Ao clicar em "Aceitar", você concorda com o uso de cookies. Saiba mais