Petróleo: vamos importar se não houver exploração, afirma diretor de IBP

O diretor-executivo do Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP), Júlio Moreira, afirmou que o Brasil deve aumentar as atividades de pesquisa e exploração de reservas. Se não subir a produção, precisará importar petróleo. A fala ocorreu em audiência pública da Comissão do Meio Ambiente (CMA) do Senado, nesta quinta-feira (25). O IBP é uma entidade representativa do setor de petróleo e gás.

Júlio Moreira – Foto: Geraldo Magela/Agência Senado

Os parlamentares convidaram Moreira e representantes de entidades e o presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, para debater sobre as potencialidades econômicas das reservas previstas de petróleo e gás na chamada margem equatorial brasileira.

Inicialmente, o termo para se referir à região era Bacia da Foz do Amazonas. No entanto, o governo passou a utilizar margem equatorial em razão da distância com a Foz do Amazonas e para evitar críticas que a exploração poderia afetar o equilíbrio ambiental da área. Além do debate sobre o impacto ambiental, há discussão para utilizar os recursos da indústria do petróleo para promover a transição energética.

Reservas de petróleo

Em abril, a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) publicou dados de 2023 sobre as reservas em território brasileiro. Segundo o documento , as empresas contratadas para exploração e produção no Brasil declararam 15,9 bilhões de barris de petróleo de reservas provadas. Além disso, há cerca de 7 bilhões de barris de reservas prováveis e outros e 5 bilhões de barris em reservas possíveis.

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

— Em função do volume de produção atual, essas reservas suportam as atividades de produção e de demanda que temos no país por aproximadamente 12 ou 13 anos. Se formos otimistas, eu diria que podemos ir até 15 anos. Mas qualquer coisa além disso, nos obriga a transformar reservas possíveis e prováveis em reservas provadas. 

Para que isso aconteça, Júlio Moreira defende o aumento da atividade exploratória. Assim, as empresas poderão aumentar o volume de novas reservas provadas. 

— E o cenário que se vislumbra é muito simples: nós vamos importar petróleo.  Não havendo a possibilidade de novas explorações e de novas atividades em áreas com altíssimo potencial de novas descobertas, o país vai passar a ser um importador de petróleo no horizonte de tempo de 12 a 15 anos. 

Confira aqui o Boletim Anual de Recursos e Reservas (BAR) da ANP. 

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