Entenda o que motivou a crise na Petrobras

A sucessão do presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, segue indefinida. Na segunda-feira (8), o presidente Lula (PT) se reuniria com os ministros da Fazenda, Fernando Haddad; e da Casa Civil, Rui Costa. Entretanto, após vazamento do encontro à imprensa, Lula cancelou.

Jean Paul Prates – Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

De acordo com os jornalistas Pedro Venceslau e Raquel Landim, da CNN, fontes do Planalto informaram que o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, conversou com Lula ao telefone à noite. Ele disse que não se opõe a permanência de Prates desde que ele assuma alguns compromissos.

Entretanto, Silveira era um dos ministros de Lula descontente com as ações do presidente da estatal e por diversos momento deixou isso claro publicamente.

Entenda a crise na Petrobras

Desde novembro do ano passado, funcionários da Petrobras informam que a estatal sofre pressões de políticos que buscam poder. Entretanto, Planalto descarta a saída de Prates. Ainda em novembro, ele disse que – em nenhum momento me senti ameaçado -.

Em fevereiro de 2024, Prates, em entrevista à Bloomberg, disse que a Petrobras seria mais – cautelosa – na distribuição de dividendos para investir em transição energética. Contudo, ao divulgar o balanço, foi anunciado que haveria retenção dos dividendos extraordinários sobre o lucro de 2023, conforme orientação do governo Lula.

No dia 18 de março, o Ministério Público Federal solicitou que o Tribunal de Contas da União apure se há interferência da gestão de Lula na estatal. Em meio as desconfianças, Prates confirma retenção de dividendos e propõe destinar R$ 633 milhões de reais a pesquisa.

Alozio Mercadante -Foto: Gabriel Souza/BNDES

Em entrevista ao Folha de São Paulo, no dia 3 de abril, Alexandre Silveira admite conflito com Prates e diz não abrir mão de autoridade. Nesse sentido, o presidente da Petrobras se irrita com a declaração e pede uma conversa definitiva com Lula.

Nome de Aloisio Mercadante surge como possível sucessor de Jean Paul Prates. Em seguida, Lula recebe sindicalistas para conversar sobre – papel social – da estatal. Por fim, ele convoca seus ministros para reunião, que não ocorreu.

 

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