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Saneamento tem o desafio de avançar em blocos regionais

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A lei 14.026/20, que instituiu o marco do saneamento bĂĄsico, completa dois anos no mĂȘs que vem (dia 15/07) e encontra-se diante do desafio de avançar na formação de blocos regionais. Para o secretĂĄrio nacional de Saneamento do MinistĂ©rio do Desenvolvimento Regional, Pedro MaranhĂŁo a formação desses blocos Ă© “passo fundamental para que as metas de universalização propostas sejam alcançadas atĂ© 2033”.

O secretĂĄrio participou na terça-feira (07) do FĂłrum de Saneamento 2022, realizado na sede da Bolsa de Valores de SĂŁo Paulo (B3), que discutiu os desafios do setor. Empresas estatais de sete estados nĂŁo conseguiram comprovar o cumprimento de exigĂȘncias do novo marco legal do setor.

De acordo com a Lei 14.026/20 terão que passar os serviços por elas operados para a iniciativa privada. São as companhias responsåveis pelo sistema de esgoto e abastecimento de ågua dos estados do Piauí, Parå, Tocantins, Acre, Maranhão, Roraima e Amazonas.

Com a instituição do marco legal do saneamento, como aprovado pelo Congresso, o governo Federal tem por objetivo alcançar a universalização dos serviços de saneamento båsico até 2033, garantindo que 99% da população brasileira tenha acesso à ågua potåvel e 90%, ao tratamento e à coleta de esgoto.

Segundo o secretĂĄrio Pedro MaranhĂŁo, “a regionalização Ă© fator e dĂĄ viabilidade para atrairmos investimentos para o saneamento bĂĄsico. O Marco Legal Ă© uma revolução para o setor. Queremos avançar na universalização. Para isso, precisamos atrair investimentos, sejam eles pĂșblicos ou privados. E quanto mais investirmos, mais rĂĄpido vamos alcançar as metas de universalização.

O novo marco introduziu a forma de prestação regionalizada dos serviços de abastecimento de ågua e tratamento de esgoto. Foi proposto que grupos de cidades ou consórcios intermunicipais sejam formados para a concessão de um ou mais tipos de serviços de saneamento.

Esses serviços incluem tratamento e distribuição de ĂĄgua; coleta e tratamento de esgoto; manejo de resĂ­duos sĂłlidos urbanos; e manejo de ĂĄguas pluviais. No caso do manejo de resĂ­duos sĂłlidos (lixo) nova frente se abre, com a geração tĂ©rmica de energia elĂ©trica. A AgĂȘncia Nacional de Energia ElĂ©trica (Aneel) propĂ”e os primeiros leilĂ”es de geração usando essa fonte.

Durante o FĂłrum de Saneamento na B3, o secretĂĄrio Pedro MaranhĂŁo reforçou o impacto de medidas do setor em outros setores e na melhoria de qualidade de vida da população. “Isso tem impacto direto na vida das pessoas. Se estamos investindo mais, estamos gerando oportunidades de emprego, levando mais renda para a população. AlĂ©m disso, vemos os reflexos diretos na saĂșde. O Marco Legal do Saneamento tambĂ©m Ă© o maior programa ambiental do mundo”.

Avanços

Os quase dois anos do marco do saneamento mostraram avanços no setor. O BNDES realizou nove leilÔes, que resultaram R$ 30 bilhÔes em outorgas para os cofres de estados e municípios e R$ 42 bilhÔes de investimentos comprometidos pelos vencedores dos certames (Capex).

“Nessa jornada fomos capazes de trazer um presente para o Rio de Janeiro que foi a maior concessão de infraestrutura já realizada no Brasil, que produz dignidade, emprego e preservação ambiental sem tamanho”, disse o presidente do banco, Gustavo Montezano.

Para o presidente do BNDES, quem conhece o Rio poder sonhar com uma BaĂ­a de Guanabara, em breve, bonita e limpa novamente â€œĂ© um sonho para qualquer um que mora ou visita essa cidade tĂŁo maravilhosa”.

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