Em conversa com O Brasilianista, o presidente do PSB, Carlos Siqueira, disse que já está sacramentada a ida de Geraldo Alckmin ao PSB para compor chapa com o ex-presidente Lula (PT). Segundo Siqueira, só falta definir a data da filiação. Ele também declarou que, mesmo se a federação partidária entre os dois partidos não avançar, já está certa a união a nível nacional. Siqueira e Alckmin reuniram na manhã desta segunda-feira (7).
“Ele é nosso candidato a vice. Fica para Lula confirmar. Da nossa parte, não há impedimento nenhum. Não houve exigência nem dele (Alckmin) nem nossa. Ele quer vir e nós queremos que ele venha”, disse o presidente do partido.
Siqueira também demonstrou estar ciente da possibilidade da federação não avançar. Disse que, se o casamento acabar não funcionando, nada impede que tanto Fernando Haddad (PT) quanto Márcio França (PSB) sejam candidatos, e que Lula tenha dois palanques em São Paulo. Outra opção que é analisada é decidir quem será o candidato a partir de uma pesquisa eleitoral a ser encomendada pelos partidos que discutem a federação.
O PSB é pressionado pelos parlamentares de sua bancada para que a decisão sobre federação com o PT seja tomada rapidamente. Os deputados tem até o final do mês para decidir se mudam ou não de partido.
Entraves na negociação
Além da definição do palanque paulista, a federação do PSB também depende de acordo sobre regras internas. PSB, PCdoB e PV querem normas que garantam a eles mais poder de decisão.
Em documento formulado pelo PSB, a legenda apresentou seis sugestões como forma de consolidar a união, entre elas a garantia de que propostas precisem de, ao menos, 15% dos votos da assembleia da Federação, o que assegura ao PSB mais voz dentro da federação, além de poder de veto. Também foi sugerido que a maioria qualificada dos votos na assembleia corresponda a quatro quintos de seus membros.
Na próxima quarta-feira (9), os partidos se reúnem em Brasília para negociar as demandas.