Em entrevista na manhã de quarta-feira (19) para jornalistas da mídia independente, o ex-presidente Lula (PT) disse que a aliança com o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, não está definida. Mas que ele não teria nenhum problema em compor uma chapa com o ex-governador.
“Eu não terei nenhum problema se tiver que fazer uma chapa com o Alckmin para ganhar as eleições e para governar o país”, disse.
De acordo com Lula, o foco do PT deve ser em fazer alianças que permitam a realização de reformas no país.
“Eu não estou procurando uma aliança ideológica, uma aliança apenas para ganhar as eleições. Estou procurando um conjunto de alianças de forças políticas para ajudar a fazer as transformações que precisamos fazer no Brasil, inclusive a reforma tributária”, defendeu.
Lula também declarou que uma reforma tributária deveria ser feita por etapas. Falou na tributação de lucros e dividendos e na isenção para quem ganha até 5 salários mínimos. Defendeu que o Banco Central tenha, além de meta de inflação, meta de emprego e de crescimento econômico.
Alckmin (sem partido)
Hoje, Alckmin busca um partido para poder formar chapa com Lula. Em dúvida sobre a possibilidade de filiação ao PSB, o ex-governador de São Paulo se reuniu com o presidente nacional do Solidariedade, Paulinho da Força (SP).
A possibilidade já vem sendo cogitada há alguns meses, contudo, segundo o próprio Solidariedade, ainda não há certeza de que Alckmin irá para o partido – o assunto deverá ser discutido nos próximos dias.
A intenção de Lula de formar chapa com Geraldo Alckmin foi marcada por um jantar em dezembro, organizado pelo grupo de advogados Prerrogativas. O ex-presidente afirmou que o ex-governador ainda não decidiu seu partido. E partir dessa definição, os partidos – o PT e a legenda que Alckmin se filiar – irão decidir sobre a aliança.