Início » Guedes defende o fim do IPI e remodelagem da reforma tributária

Guedes defende o fim do IPI e remodelagem da reforma tributária

A+A-
Reset
DestaqueMinistério da EconomiaNotícias

Em evento de lançamento do Monitor de Investimentos, o ministro da Economia, Paulo Guedes, defendeu o fim do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), “para que o Brasil se torne uma potencial industrial”. De acordo com o ministro, o imposto trabalha contra o crescimento industrial.

“O IPI é o imposto contra a indústria brasileira. Nós desindustrializamos o Brasil nos últimos 20 a 30 anos. Pela primeira vez estamos reduzindo o imposto sobre produção industrial. Na reforma tributária ela acabava, em favor de um valor adicionado, em favor de um modelo de convergência com a OCDE”, declarou.

Nas últimas semanas, o governo promoveu uma redução linear de 35% no imposto. Contudo, a decisão gerou uma batalha judicial entre o governo e o estado do Amazonas. A Zona Franca de Manaus é beneficiada por isenções de IPI, o que torna os produtos ali fabricados mais competitivos. Com a redução de impostos, a vantagem também é afetada.

No evento, Guedes também defendeu uma reformulação da reforma tributária de forma a permitir que a proposta avance no Senado, onde está parada desde julho de 2021. “Podemos fazer uma versão mais enxuta, tributando super ricos e reduzindo os impostos sobre as empresas. É o que falta para o Brasil receber investimentos de fora. Nossa reforma reduzia os impostos de 34% para 26% no primeiro movimento. Se a receita continuasse subindo, continuaríamos diminuindo os impostos”, pontuou.

Adiamentos sucessivos

No começo deste ano, por várias vezes a reforma tributária foi pautada para análise da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, mas acabou adiada.

O impacto da PEC sobre o setor de serviços é o que mais preocupa os empresários. Entidades empresariais têm realizado uma série de reuniões com senadores e deputados com o objetivo de tentar segurar ou modificar a proposta para garantir que o setor não sofra um aumento da carga tributária. “Falam que a medida mira no ingresso na OCDE, mas os IVAs mais altos do grupo estão na casa dos 12%. Aqui estão falando em IVA de 25 a 30%. Além de significar uma carga tributária alta, não temos como compensar”, defendeu o presidente da Central Brasileira do Setor de Serviços (Cebrasse), João Batista Diniz Junior.

atividade industrialIPIPaulo GuedesZona Franca

Usamos cookies para aprimorar sua experiência de navegação. Ao clicar em "Aceitar", você concorda com o uso de cookies. Aceitar Saiba mais