Autoridades que compõem o Tribunal Superior Eleitoral farão plantão durante o dia da votação, com o objetivo de dar respostas rápidas em caso de eventuais problemas durante o primeiro turno.
O assunto foi discutido pelo presidente do TSE, Alexandre de Moraes com o ao corregedor-geral eleitoral, ministro Benedito Gonçalves, e o vice-procurador-geral eleitoral, Paulo Gonet Branco. A estratégia busca união de esforços em meio aos já esperados ataques de Bolsonaro às urnas eletrônicas.
O ministro Alexandre de Moraes também analisou junto com representantes da Comissão de Transparência Eleitoral a possibilidade de fechar clubes de tiro nos dias de votação do primeiro e segundo turnos. No entanto, a medida ainda está sendo analisada.
A ideia partiu de representantes da Coalizão em Defesa do Sistema Eleitoral, instância que reúne em torno de duzentas entidades da sociedade civil. O presidente do TSE antecipou que “armas e votação não combinam”.
Também ficou definida a criação de uma “sala de situação”, como ocorre nos momentos de crise, para monitorar o andamento da votação e receber denúncias de possíveis irregularidades. Moraes deve designar um integrante do Tribunal Superior Eleitoral para comandar essa iniciativa.
O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, procurou o ministro Alexandre de Moraes para dizer que as brigas de Bolsonaro não são dele. Costa Neto confidenciou a aliados que buscou diferenciar-se de Bolsonaro, durante o encontro com o ministro.
Na reunião, o presidente do PL esclareceu que a empresa contratada pelo partido para fiscalizar a eleição não busca questionar o resultado. Otimista com o desempenho do PL na eleição, Valdemar teme que a animosidade de Bolsonaro com a Corte possa motivar retaliações nas contas do partido. Pelos cálculos de especialistas, o PL deve eleger a maior bancada de deputados, mais do que o PT.
Casa Branca monitora
A Casa Branca anunciou ontem que os Estados Unidos vão “monitorar” as eleições brasileiras e condenaram “recentes atos de violência”. O governo americano afirmou que confia “na fortaleza das instituições” do país.
Os EUA têm enviado sucessivos alertas sobre a confiança no sistema eleitoral brasileiro como forma de se contrapor aos ataques do presidente Jair Bolsonaro (PL) às urnas eletrônicas.
“Vamos monitorar essas eleições, vamos acompanhá-las de perto e confiar na força das instituições democráticas do Brasil”, declarou ontem a porta-voz da Casa Branca, Karine Jean-pierre.
“Temos visto relatos recentes de violência e, embora o direito ao protesto seja fundamental em qualquer democracia”, disse.