O presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes, apresentou ontem o resultado do teste feito pelo tribunal sobre a segurança das urnas eletrônicas, conforme pedido feito pelo Ministério da Defesa. Segundo o ministro, o teste confirmou que não houve fraude no resultado das eleições.
Realizado pela primeira vez neste ano, em 58 seções e com a participação de 2.044 eleitores, o chamado teste de integridade concluiu que o voto digitado na urna coincidiu com o que ficou gravado no equipamento.
“Não houve nenhuma divergência: 100% de aprovação no teste de integridade com biometria”, afirmou o presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes. Esse é o segundo relatório que comprova a confiabilidade das urnas. O TCU também adotou o mesmo procedimento, chegando a resultado semelhante.
De acordo com o ministro Alexandre de Moraes, no primeiro turno das eleições de 2022 se repetiu o que ocorreu nas eleições (de 2002 até este ano). “De 2020, 2018, 2016, 2014, 2012, 2010, 2008, 2006, 2004 e 2002. Vinte anos de absoluta lisura das urnas eletrônicas com comprovação imediata pelo teste de integridade”, afirmou,
Anteontem, com a apuração já encerrada, o presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a levantar suspeitas sobre o resultado da votação durante uma live. Ele apresentou nova versão para justificar suas dúvidas: a de que um algoritmo possa ter sido usado para fazer com que Lula passasse à frente na apuração dos votos, feita após o encerramento do pleito, no domingo.
Ligação para Temer
A disputa por apoios na campanha do segundo turno continua acirrada entre o presidente Jair Bolsonaro e Lula. O ex-presidente recebeu apoio dos economistas que participaram da elaboração do Plano Real, além de ex-presidentes do Banco Central (Armínio Fraga e Pedro Malan) e do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
O presidente Jair Bolsonaro já angariou apoios de ex-governadores como Romeu Zema (Novo-MG), Ronaldo Caiado (União-GO), Ratinho Junior (PSD-PR) e Mauro Mendes (União-MT).
Nesta quinta-feira (06), ele telefonou para tentar uma conversa pessoal com o ex-presidente Michel Temer (MDB), que está em Londres e chega hoje ao Brasil. Temer, no entanto, prefere manter a neutralidade no segundo turno da disputa pelo Palácio do Planalto.
“Não quero tirar foto nem apoiar nenhum dos lados. Prefiro defender princípios, valores”, disse. Ele também resiste a um encontro com o ex-presidente Lula (PT) que seria mediado pelo ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin, candidato a vice na chapa petista.
Em nota divulgada ontem, Temer anunciou que vai apoiar a candidatura à Presidência da República que “defender a democracia, cumprir rigorosamente a Constituição”.