O Parlamento Europeu aprovou proposta que amplia a lista de produtos que poderão ser banidos do mercado dos países do bloco, caso sejam provenientes de terras desmatadas ou degradadas, elevando a pressão sobre as exportações brasileiras.
O projeto, mais rígido que o originalmente apresentado, ainda terá de ser submetido aos 27 Estados-membros do bloco antes de entrar em vigor. Os eurodeputados também anteciparam em um ano o prazo a partir do qual grãos e outros itens produzidos em áreas desmatadas poderão ser barrados na União Europeia.
A propostas inicial previa que a medida seria aplicada a produtos originários de desmates feitos após 31 de dezembro de 2020). A ampliação da lista de commodities agropecuárias que deixarão de entrar na União Europeia (UE), caso sejam originárias de áreas desmatadas até 31 de dezembro de 2019, é vista como mais uma medida protecionista em andamento por integrantes do governo, especialistas e produtores brasileiros.
A avaliação é que a medida, aprovada ontem pelo Parlamento Europeu e que ainda precisa ser negociada com os 27 países da UE, viola tratados internacionais e não considera as legislações de cada país, como, no caso do Brasil, o Código Florestal. A proposta atinge diretamente não apenas o Brasil, mas também a Indonésia, a Argentina, Gana, Nigéria e outros países produtores.