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Fecha Lava Jato que deu nome à operação

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O Lava Jato que funcionou no Posto da Torre, no Setor Hoteleiro Sul, em Brasília, não existe mais, mas uma lavanderia que funcionava a seu lado continua em atividades. O aumento do fluxo de clientes levou o posto a iniciar obras para ampliar suas instalações e dar manutenção aos equipamentos, avançando sobre a área onde há também uma lanchonete e já operou uma casa de câmbio.

A área onde ficava o serviço de lavagem de veículos está sendo preparada para receber novos tanques de combustível. Como ocorreu com a Operação Lava Jato, que acabou após sete anos, o que restou do serviço de Lava Jato é uma placa em frente à lavanderia, como que para lembrar o ponto onde teve início operação que desmontou a maior rede de corrupção da história do país.

Em 79 fases distintas da Operação Lava Jato foram presos deputados federais, ex-senadores, grandes empresários, ex-governadores, ex-ministro e dois ex-presidentes. As investigações começaram em 2008, quando interceptações de ligações telefônicas identificaram a atuação do doleiro Alberto Youssef em contatos com outros operadores, entre eles Carlos Habib Chater, dono do Posto Torre. Chater foi condenado a 10 anos e onze meses de prisão em primeira instância, em sentença proferida pelo então juiz Sérgio Moro. Hoje, o posto é administrado por familiares de Chater. A ação da Polícia Federal logo chegou à Petrobras, onde havia diretores nomeados na administração do PT. Dois deles foram presos. Em 2020 o TCU calculou que o rombo causado na empresa tenha chegado a R$ 18 bilhões.

O Posto da Torre, localizado perto do Eixo Monumental de Brasília, foi considerado pelas autoridades centro de diversas atividades ilícitas e de lavagem de dinheiro e que instruíram as investigações e os julgamentos da Operação Lava Jato. O melancólico encerramento das atividades do Lava Jato coincide com momentos de dificuldade para a Operação Lava Jato que teve algumas de suas decisões mais relevantes revertidas nas instâncias superiores. A mais polêmica delas foi a decisão monocrática do ministro do STF Edson Facchin que livrou o ex-presidente Luis Inacio Lula da Silva da prisão e anulou todas as suas condenações.

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