A Receita Federal informou nesta terça (27) que a arrecadação federal bateu em R$ 172,3 bilhões em agosto, alta de 8,21% na comparação com o mesmo mês de 2021, considerando a taxa de inflação no período.
Foi a maior soma para o mês desde o início da série histórica da Receita Federal em 1995. Considerando os oito meses do ano, o resultado alcançou R$ 1,4 trilhão, 10,17% maior do que o R$ 1,2 trilhão registrado no mesmo período do ano passado.
Imposto de renda da pessoa jurídica (IRPJ) e a Contribuição sobre o Lucro Líquido (CSLL) foram o carro chefe da arrecadação. No caso da CSLL, a alta foi de 27,16%, o que aponta para lucratividade maior das empresas no período.
O coordenador-geral de Previsão e Análise da Receita Federal, Marcelo Gomide, disse que arrecadações elevadas desses impostos ocorreram principalmente nos setores de mineração e refino e extração de combustível. Ele atribui a alta na arrecadação aos preços externos desses produtos.
Também houve crescimento de 52% na arrecadação do Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) sobre capital, refletindo o impacto da alta na Selic, que atualmente está em 13,75%, nos rendimentos de fundos e títulos de renda fixa.