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AgĂȘncia discute cobrança de limpeza urbana na conta de luz

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A AgĂȘncia Nacional de Energia ElĂ©trica (ANEEL) abriu na quinta-feira (28) consulta pĂșblica para discutir a cobrança de taxas ou tarifas decorrentes da prestação de serviço de limpeza urbana e de manejo de resĂ­duos sĂłlidos na fatura da conta de energia.

A proposta da agĂȘncia Ă© incluir a taxa na fatura de energia elĂ©trica seja opcional Ă s distribuidoras, e que as empresas que optarem em fazĂȘ-la terĂŁo parte da receita direcionada para a modicidade tarifĂĄria, conforme indicado na regulamentação vigente e nos contratos de concessĂŁo ou permissĂŁo.

O Serviço PĂșblico de Manejo de ResĂ­duos SĂłlidos Urbanos (SMRSU), que compreende atividades de coleta, transbordo, transporte, triagem para fins de reutilização ou reciclagem, tratamento e destinação final dos resĂ­duos sĂłlidos urbanos, seria o beneficiĂĄrio da proposta.

No inĂ­cio do ano passado, a AgĂȘncia Nacional de Águas e Saneamento (ANA), dentro das novas atribuiçÔes que recebeu com o marco legal do saneamento, promoveu audiĂȘncia pĂșblica para tratar da regulamentação dessa atividade. A cobrança pela prestação desse serviço visa garantir sua prĂłpria sustentabilidade econĂŽmico-financeira, envolvendo a edição de atos normativos disciplinando os direitos e deveres das partes envolvidas nesta atividade. 

Os interessados podem enviar contribuiçÔes no Ăąmbito da consulta pĂșblica da Aneel pelo e-mail: cp036_2022@aneel.gov.br. O prazo para recebimento dessas sugestĂ”es vigora atĂ© o dia 9 de setembro.

Baixa reciclagem

Pelo tamanho da economia e em consequĂȘncia da concentração urbana registrada, o Brasil Ă© o maior gerador de resĂ­duos da AmĂ©rica Latina, mas aproveita apenas 4% dos materiais reciclĂĄveis. PaĂ­ses como Chile, Argentina e África do Sul reaproveitam em mĂ©dia 16% desses materiais. Na Alemanha, a taxa chega a 67%.

Uma ONG – Artemisia – identificou desafios, tendĂȘncias e prĂĄticas a serem adotadas na ĂĄrea de reciclagem, resultando no estudo sob o tĂ­tulo “Tese de Impacto Socioambiental em Reciclagem”. Como resultado, foram identificadas treze oportunidades paras negĂłcios no setor.

“O país tem graves problemas sociais e ambientais que podem ser resolvidos pela ótica dos negócios, de forma complementar à atuação do Estado”, afirma Luciano Gurgel, diretor executivo da ONG. “Mas isso só dá para fazer por meio de um diagnóstico. A tese funciona como um raio X do setor para encontrar os gargalos”, explica.

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