Temer cede a pressão de PSDB e Imbassahy fica (por enquanto)


Continuando com a reforma ministerial o presidente Michel Temer escolheu o deputado Carlos Marun (PMDB/MS) para a Secretaria de Governo. Para organizar a saída do ministro Antônio Imbassahy (PSDB), Temer conversou com Aécio Neves que falasse com o ministro. E estaria tudo certo para a troca, não fosse uma certa pressão de integrantes do partido tucano pela permanência de Imbassahy e outra igual e contrária, peemedebista, pela troca imediata por Marun. A transição pode ter que esperar a votação da Reforma da Previdência.

Comentário do Editor

A reforma ministerial tem consumido a capacidade do presidente Temer como articulador político. Ele não consegue resistir à pressão, mesmo a respeito de um assunto sem grande importância. No início, por exemplo, queria fazer uma ampla reforma para compensar a saída do PSDB, que passa o tempo todo negaceando apoios. Mas voltou atrás, e agora nem uma reforma pinga-pinga consegue levar em frente.

Meurer acusado por Raquel Dodge

Dando prosseguimento à denúncia apresentada por Rodrigo Janot, seu antecessor, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, atribuiu ao deputado federal Nelson Meurer (PP) e seus filhos Nelson Meurer Júnior e Cristiano Augusto Meurer, os crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. Todos as acusações são fruto de investigações no âmbito da Operação Lava Jato com informações de delatores como o doleiro Youseff.

Reforma da Previdência

Em busca da aprovação à qualquer custo a reforma da Previdência continua em negociação e cada vez mais distante do ideal projetado pelo Planalto. Até o único ponto considerado até agora irredutível por parte de Temer e sua equipe, a idade mínima, já está na mesa de negociação. Temer tem hoje um jantar com parlamentares da base aliada para fechar o texto final.

Henrique Meirelles, ministro da fazenda e um dos maiores defensores da reforma ampla como um dos pilares do ajuste das contas do governo disse que a nova proposta atinge apenas 60% do plano original:

“Segundo nossos cálculos, isso [a economia fiscal se a nova proposta for aprovada] deve dar ao redor de 60%. Já vinha dizendo que seria substancialmente superior a 50%, pode ser um pouco menos que 60%, um pouco mais que 60%, estamos acertando a sintonia fina”, disse o ministro.

CCJ aprova fim do foro privilegiado

A CCJ da Câmara, antecipando-se à decisão do STF sobre a matéria pautada para esta semana, aprovou relatório favorável ao fim do Foro Privilegiado. O benefício seria mantido apenas para o presidente da República, vice-presidente, à presidente do Supremo Tribunal Federal e aos presidentes das duas casas legislativas a prerrogativa de foro. Projeto passa ainda por uma comissão especial antes de ir para votação em plenário.

Com informações da Folha, O Globo, Globo News e Estadão.

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