Sucessão 2018 (II): Cenários sem Lula aumenta imprevisibilidade


O Datafolha também testou dois cenários (4 e 5) sem a presença do ex-presidente Lula (PT) na disputa. Nesses casos, a ex-senadora Marina Silva (REDE) assumiu a liderança da corrida eleitoral. Nota-se também uma grande pulverização dos voto.

Veja aqui os cenários 1 a 3.

CENÁRIO 4

Sem a presença de Lula e Temer na simulação, o que poderá ocorrer caso o ex-presidente fique juridicamente impossibilitado de concorrer ou mesmo desista de ser candidato, Marina Silva herda parte importante dos votos do eleitorado de esquerda/centro-esquerda e aparece na liderança. Com a ausência de Lula, Ciro também ganha pontos junto ao eleitor de esquerda, e aparece tecnicamente empatado na segunda colocação com Bolsonaro e Doria. Chama atenção nesse cenário o percentual de brancos, nulos e indecisos (31%). Ou seja, sem Lula na disputa, o cenário fica ainda mais pulverizado e indefinido.

CENÁRIO 5

Sem Lula, Temer e com o candidato tucano sendo Geraldo Alckmin (PSDB), o quinto cenário é muito parecido com o anterior. Marina desponta em primeiro lugar. A diferença é que nessa simulação quem aparece na segunda colocação é Bolsonaro. Ciro e Alckmin empatam em terceiro. Brancos, nulos e indecisos somam 33%.

CENÁRIO 6

Na simulação sem Temer, com três potenciais candidatos do PSDB (Aécio, Alckmin e Doria) e nomes sem filiação partidária (o juiz Sérgio Moro, o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, e o apresentador Luciano Hulk), Lula desponta novamente na liderança. Marina, Bolsonaro e Moro aparecem tecnicamente empatados em segundo lugar. Aécio, Doria, Barbosa, Ciro, Alckmin e Hulk também empatam em terceiro. Chama atenção a disposição do eleitorado em votar em candidatos “out-sider”. Por exemplo, somados, os índices de Marina, Bolsonaro, Moro, Doria, Barbosa e Hulk contabilizam 44%. Brancos, nulos e indecisos somam 15%.

Outra questão importante a ser observada é o índice de rejeição dos candidatos. Temer (64%), Lula (45%) e Aécio (44%) são os mais rejeitados. Com índices negativos tão elevados, esses três nomes terão dificuldades de atrair novos eleitores. Depois deles, o mais citado é Alckmin (28%) seguido por Bolsonaro (23%), Hulk (23%), Ciro (22%), Marina (21%), Doria (16%) e Moro (16%). Interessante observar que os nomes com imagem de “anti-política” são os menos rejeitados e, portanto, com maior potencial de crescimento.

Veja os demais cenários e outras análises sobre a sucessão presidencial:

Sucessão 2018: Lula cresce e Bolsonaro entra na disputa pelo segundo lugar

Sucessão 2018 (III): Lula lidera segundo turno, mas cenário está indefinido

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