Pressão por aliança pode forçar arranjo PMDB-PSD


Os principais pré-candidatos à prefeitura de São Paulo (SP) estão avançando na composição de alianças visando a eleição de outubro no município eleitoralmente mais cobiçado do país.

Por enquanto, o prefeito e pré-candidato à reeleição, Fernando Haddad (PT), e o empresário João Doria Júnior (PSDB) são os nomes que estão com as alianças mais bem adiantadas.

Doria já garantiu os apoios do PHS, PMB, PSB e PV. Haddad já se acertou com PDT e PCdoB. O petista também definiu seu parceiro de chapa: o secretário municipal de Educação, Gabriel Chalita, que recentemente trocou o PMDB pelo PDT para concorrer a vice-prefeito.

O deputado federal Celso Russomanno (PRB-SP), lídera as pesquisas nesse momento, tem assegurado apenas o apoio do PTB.

O deputada federal Luiza Erundina (PSOL) já definiu seu vice (o também deputado federal Ivan Valente-PSOL). Porém, deve ter dificuldade de atrair aliados por conta da restrição de seu partido em firmar alianças com legendas que ideologicamente não se alinham com a esquerda.

A senadora Marta Suplicy (PMDB-SP) e o vereador Andrea Matarazzo (PSD), outros dois nomes com potencial eleitoral, também ainda não firmaram aliança com nenhum partido.

Esse fato somado a falta de legendas disponíveis para atrair poderá forçar PMDB e PSD a uma composição. O problema é que neste momento tanto Marta quanto Matarazzo não abrem mão de serem candidatos a prefeito. Porém, sem aliados fortes é pouco provável que sejam competitivos. Assim, a aliança entre PMDB e PSD torna-se um cenário possível.

Hoje, há seis importantes partidos que ainda não definiram seu destino: DEM, SD, PPS, PROS, PP e PR.

Aliados do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), principal cabo eleitoral de João Doria Júnior, a tendência é que DEM e PPS estejam com Doria na eleição de outubro na capital paulista.

O PR, outro partido importante pelo seu tempo de TV, está hoje mais próximo de Haddad. Restaria então SD, PROS e PP. Dessas três legendas, o mais cobiçado é o PP. Além de seu bom tempo de TV, os progressistas possuem estrutura na capital.

Russomanno e Doria são os pré-candidatos com melhores condições de atrair o PP. Isso ocorre porque Russomanno tem a perspectiva de poder (é o favorito nas pesquisa, assim pode oferecer espaços ao PP numa eventual administração), enquanto Doria, por meio de Alckmin, pode ceder aos progressistas cargos com poder político e econômico no Palácio dos Bandeirantes.

Caso o PP opte por Russomanno, o representante do PRB ganhará um importante aliado e ampliará ainda mais seu favoritismo. Por outro lado, se a opção do PP for Doria, o pré-candidato do PSDB, em que pese a divisão tucana, ampliará ainda mais seu tempo de TV, terá um aliado que agregará estrutura partidária e se tornará uma ameaça não só para Russomanno, mas também para os demais concorrentes a prefeito.

Caso o destino do PP seja a aliança com Russomanno ou Doria, apenas uma coligação entre PMDB e PSD será capaz de colocar no tabuleiro outro nome com competitividade eleitoral.

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