No último dia 20 as eleições municipais entraram definitivamente na agenda. Até o dia 5 de agosto, os partidos políticos devem oficializar seus candidatos e as coligações que disputarão os cargos de prefeito, vice-prefeito e vereador nos mais de 4 mil municípios do país.
Segundo levantamento realizado pela Arko Advice tendo como base o desempenho dos partidos desde as eleições municipais de 2000, a tendência é que o PMDB, mesmo que registre queda em seu desempenho, se mantenha como a legenda com o maior número de prefeitos.
Ao que tudo indica, o grande derrotado das eleições municipais deste ano será o PT. A tendência é que, depois de saltarem de 200 para 627 políticos eleitos entre 2000 a 2012, os petistas sofram sua maior derrota eleitoral numa eleição municipal, registrando um expressivo encolhimento.
O PCdoB, aliado histórico dos petistas e que vinha crescendo em número de prefeituras conquistadas a partir de 2000, também deve perder espaço.
O PSB, que vinha crescendo (aumentou de 135 para 434 o número de prefeitos eleitos entre 2000 e 2012) impulsionado pela liderança do falecido Eduardo Campos (ex-governador de Pernambuco), é outro que tende a perder espaço.
O PSDB, que perdeu muitos prefeitos (caiu de 991 para 692 prefeituras entre 2000 e 2012), deve voltar a crescer e se manter como a segunda legenda com o maior número de prefeituras.
O DEM, cujo número de prefeitos no mesmo período caiu de 1.027 para 276 prefeitos eleitos, deve conter sua trajetória decrescente, podendo melhorar seu desempenho. O PP, que perde prefeitos desde 2000, também deve se recuperar.
O PSD, que elegeu mais de 400 prefeitos em 2012, na primeira vez que disputou uma eleição municipal, tende a conservar resultado positivo.
Observando o espectro partidário, registra-se a tendência de encolhimento dos partidos alinhados do centro para a esquerda e o fortalecimento das legendas de centro-direita.