PEC dos Gastos deve enfrentar batalha judicial


Depois da batalha legislativa, haverá uma batalha jurídica em torno da PEC dos Gastos. Na semana passada, partidos de oposição entraram com ação no STF para tentar barrar a votação da emenda. A chance de que seja barrada é remota, já que o Supremo não interfere em questões internas do Legislativo.

Mas, depois que a PEC for promulgada, sim, pode haver questionamentos mais robustos. A presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministra Laurita Vaz, criticou a proposta. Ela considera que a PEC engessará o Judiciário.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) enviou ao Congresso nota técnica nesta sexta-feira (07). Pede o arquivamento da PEC 241, em tramitação na Câmara dos Deputados. Caso o Legislativo “não aceite a inconstitucionalidade” do projeto, a PGR propõe uma série de sugestões, como a redução do prazo de vigência da medida pela metade. O órgão afirma no documento que a proposta é inconstitucional, fere a cláusula pétrea da separação dos Poderes e ameaça as ações de combate à corrupção promovidas pela Justiça.

O parecer técnico da PGR não tem peso para impedir a análise da proposta pelo Congresso. Mas dá munição para a oposição e antecipa a disputa jurídica depois que a emenda for promulgada.

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