Manifestações pró-Lava-Jato fracassam


Três importantes lições devem ser tiradas das fracas manifestações de domingo passado (26/3). A primeira é que pautas difusas não mobilizam sempre. Servem para incendiar, mas não para manter o foco, já nos ensinou Elias Canetti.

As manifestações de 2014 e 2015 tinham um propósito bem claro: o impeachment de Dilma. Sem foco, elas tendem a ficar no campo do mais ou menos.

A segunda lição, quem sabe a mais importante, é a de que o povo está mais interessado na recuperação da economia – leia-se emprego – do que em outro assunto. Concordam e apoiam a Operação Lava-Jato, mas querem o país funcionando com um mínimo de estabilidade, com a economia crescendo. Fica a mensagem para quem se ocupa de excitar as massas.

Terceira advertência: o governo é impopular, mas não odiado. Na transmissão do Festival Lollapalooza, no fim de semana, um solitário manifestante tentava – em vão – puxar o coro “Fora Temer”. Ninguém lhe deu atenção. Nada aconteceu.

Enfim, as manifestações fracassaram ao tentar emparedar o governo. O que, considerando as batalhas da reforma previdenciária, é um alívio.

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