Dilma é carta fora do baralho

Com a aprovação da licença para processar a presidente Dilma Rousseff, a crise política, no curto prazo, ganha uma nova dinâmica. São muitos os motivos para isso.

Dilma caiu, e agora?

    1. Invertem-se os papéis. Enquanto aumenta o poder do vice-presidente, Michel Temer (PMDB), o que só

      Dilma está fora

      tem crescido nos últimos dias, para a presidente Dilma Rousseff as perspectivas são cada vez mais de “carta fora do baralho”;

    2. Como Temer não tem caneta e a de Dilma deixa de funcionar, a sensação de vazio de poder tenderá a dominar a cena política até que a Comissão Especial do Senado vote a recepção do processo enviado pela Câmara, período estimado em, no mínimo, 15 dias;
    3. Admitido o processo por parte do Senado, há o risco de estabelecer-se uma espécie de “coabitação tropical”, com duas fontes de poder – a do presidente em exercício e a da presidente afastada;
    4. Se afastada, a presidente não manda, de fato, mas pode dar entrevistas, receber apoio de correligionários, conviver com manifestações de rua em frente ao lugar em que estabelecer residência (eventualmente o Palácio da Alvorada), permitir acampamentos etc.;
    5. A natural paralisação da economia contribuirá para dificultar o processo de sua recuperação, fazendo com que a solução se arraste;
    6. A imprevisibilidade da Operação Lava-Jato permanecerá transmitindo forte tensão à vida política e administrativa;
    7. Apesar do cacife político adquirido com a derrota do PT, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), deve se transformar na bola da vez do julgamento político.

Postagens relacionadas

Institutos de pesquisa confrontam os likes do Twitter de Bolsonaro

Institutos de pesquisa confrontam os likes do Twitter de Bolsonaro

Possível liberação do aborto de fetos com microcefalia pelo STF é criticada na CAS

Usamos cookies para aprimorar sua experiência de navegação. Ao clicar em "Aceitar", você concorda com o uso de cookies. Saiba mais