A semana promete ser decisiva para o governo Dilma. Tudo indica que, salve um milagre aconteça, o desembarque do PMDB Nacional deverá ser na terça-feira, botando mais lenha na fogueira do impeachment.
Alguns membros do partido estão apegados a seus cargos e prometem não abrir mão sem uma negociação que atenda seus interesses. Caso a insistência permaneça não conseguirão outra coisa a não ser a expulsão. Esse quadro de rigidez partidária só é possível devido ao fim das divergências entre Temer, Renan, Cunha e Picciani. Mesmo com arestas a serem aparadas, os principais nomes do partido estão juntos, pelo menos no que se refere ao impeachment.
Com o PMDB fora do governo, Marcelo Castro e outros ministros não valerão mais do que uma Tubaína, sabor limão, para Dilma e o PT e acabarão sendo substituídos mesmo que queiram permanecer no governo.
O desembarque do PMDB iniciará um êxodo partidário
Ninguém quer ficar no Titanic, mesmo que acomodados em cabines de luxo, com direito a champagne e caviar.
O PRB foi um dos primeiros a buscar sua “independência”, entregando o ministério dos esportes. George Hilton até tentou permanecer como ministro, inclusive migrando do PRB para o Pros, mas teve seu destino selado mesmo assim e a pasta foi para Ricardo Leyser, do PC do B.
Depois que parte da imprensa publicou uma possível reaproximação do PRB com o PT, o partido veio a público, por meio de suas redes sociais, reafirmar o distanciamento.
Deixando o troca-troca do governo de lado, a última semana de março também significa outra coisa: cinco sessões a menos para que Dilma defenda-se na comissão do impeachment, que tem tudo para ser votado até 15 de abril.
O governo está na UTI faz muito tempo, mas agora me parece que chamaram um padre para a extrema-unção, não estranhe se ele a fizer em latim.