Correio Debate – Desafios para 2017


Temas ligados à economia, como a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que limita por 20 anos os gastos do setor público, foram discutidos no seminário Correio Debate – Desafios para 2017, na tarde desta quarta-feira (14), no Correio Braziliense.

O debate reuniu autoridades, economistas e representantes de setores produtivos, além do ministro da Fazenda Henrique Meirelles e o secretário executivo de Programas de Parceria de Investimentos do Governo Federal, Wellington Moreira Franco.

Murillo de Aragão, advogado, mestre em Ciência Política e Doutor em Sociologia pela UnB, dono da Arko Advice e colunista no Blog da Política Brasileira, participou do evento. Veja trechos de sua fala no debate, transmitidos por meio do Live Blog do evento:

18h02

O cientista político Murillo de Aragão, acredita que o futuro poderá ser melhor do que o presente. “O primeiro vetor que gostaria de comentar é o caráter transnacional do controle da corrupção. Nos últimos anos, o conjunto de regras internacionais elevou o nível de combate à corrupção em escala planetária. Empresas nacionais e estrangeiras estão submetidas a conjunto de regras rigorosos. Na medida em que empresas passam a ter integração com o mundo no exterior, são submetidas a essas regras. Foi o que aconteceu com a Petrobras. Está sendo processada e investigada. Isso faz com que práticas nefastas para o nosso sistema econômica são, também, combatidas por essa exposição que o nosso capitalismo tem no mundo exterior”, diz.

18h06

O cientista político Murillo Aragão separa a operação Lava-Jato em dois vetores. “O primeiro é a destruição do capitalismo tupiniquim, onde empresas pagavam por decisões ou ganhavam licitações e compravam políticos. Toda vez que surge um escândalo de corrupção, falam em regulamentar o lobby, mas não existe lobby no Brasil, o que existe é corrupção, em que você compra um político com uma mala de dinheiro. O segundo vetor é o fim do financiamento empresarial de campanhas, que vai proporcionar uma disputa mais justa”, avalia Aragão.

18h11

O cientista político Murillo Aragão avalia como ponto positivo da crise política no Brasil o interesse da sociedade pela política. Ele destaca como exemplo as abstenções nas últimas eleições municipais. “Foi muito alta, sobretudo nos grandes centros. A abstenção é uma manifestação política. A mediação do interesse da sociedade pela política está nas  redes sociais. Há, sem dúvida, o aumento do interesse da sociedade”, avalia.

Veja a fala completa de Murillo de Aragão:

18h15

“O Congresso, considerado por muitos o pior da história, aprovou a PEC do Teto com 60% de desaprovação popular. Então, ele está agindo de forma positiva. Quem investe está acompanhando o que está acontecendo, não pense que quem vai investir não sabe o que está acontecendo. Ele sabe depurar o que está escrito no noticiário, ele sabe olhar onde tem gargalos e onde tem oportunidades”, declara o cientista político Murillo Aragão.

Assista a participação do Ministro da Fazenda Henrique Meirelles:

Postagens relacionadas

Institutos de pesquisa confrontam os likes do Twitter de Bolsonaro

Institutos de pesquisa confrontam os likes do Twitter de Bolsonaro

Possível liberação do aborto de fetos com microcefalia pelo STF é criticada na CAS

Usamos cookies para aprimorar sua experiência de navegação. Ao clicar em "Aceitar", você concorda com o uso de cookies. Saiba mais