Desde que assumiu a Presidência da República, em 12 de maio, o apoio a Michel Temer na Câmara sempre ficou acima dos 50%. Em outubro, a partir da análise de 50 votações nominais e abertas ocorridas no mês, constatou-se que o índice de adesão foi de 55,47%.
O maior percentual de apoio foi em julho, quando duas importantes matérias foram analisadas: a urgência para o projeto de lei sobre a dívida dos estados com a União e o texto principal da proposta que retirou a obrigatoriedade da Petrobras de participar com 30% dos leilões do pré-sal.
Em outubro, as votações mais importantes foram o primeiro e o segundo turnos da votação da PEC dos Gastos.
Na gestão da ex-presidente Dilma Rousseff, desde outubro de 2015 o nível de fidelidade estava na casa dos 40%. Em março do ano passado chegou a 38,34%.
Entre os grandes partidos, PMDB e PSDB tiveram apoio superior a 70%. Entre os partidos que compõem o Centrão, ele foi de 65%.
Por conta das eleições municipais, o índice de ausência foi bastante elevado até mesmo entre os aliados. No PP, por exemplo, partido da base aliada, foi de 31,54%. No PSDB, de 25,44%; e no PMDB, de 24,36%. Ou seja, o índice de adesão poderia ter sido maior se esses parlamentares estivessem presentes em todas as votações de interesse do Planalto.
Os partidos que menos votaram alinhados com o governo foram PDT, Rede, PCdoB, PSOL e PT. Veja o comportamento de cada uma das legendas em projetos de interesse do governo em outubro.