A narrativa tucana na TV


O programa nacional levado ao ar pelo PSDB em rede nacional na última quinta-feira (11) acertou. Os tucanos foram eficientes ao reconhecer a grande distância existente entre as pessoas e os políticos. O partido apostou numa mensagem que se conecte com os críticos da política tradicional. Justamente por isso foi utilizada a frase “ninguém duvida de que a política brasileira precisa mudar e mudar muito”. Com essa afirmação, o partido intenta se apropriar da bandeira da mudança.

No programa, o PSDB reuniu várias pessoas sentadas em cadeiras organizadas em um círculo. Essas pessoas apareceram questionando a política. Com o objetivo de mostrar uma cara de renovação, quem respondeu aos questionamentos foram os políticos tucanos da chamada nova geração.

A nova geração

São eles os prefeitos Edgar de Souza (Lins-SP), Raquel Lyra (Caruaru-PE), Thiancle de Silva Araújo (Castro Alves-BA), Paulo Serra (Santo André-SP), Thauana da Silva Pereira Duarte (Nova Independência-SP).

Fazem parte da  lista os vereadores Ramiro Rosário (Porto Alegre-RS), Nancy Thame (Piracicaba-SP), Naiara Saraiva Silva (Campo Novo-RO) e Nathalia Braga (Conceição de Macabu-RJ) e o deputado federal Pedro Vilela (AL).

Em suas respostas, as lideranças do PSDB procuraram mostrar disposição de dialogar com o eleitorado que está insatisfeito, a fim de desfazer a imagem de que “todo político é igual” e de apontar que não existe solução fora da política.

O PSDB também mostrou na TV os líderes da Câmara dos Deputados, Ricardo Tripoli (SP), e do Senado, Paulo Bauer (SC). O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin também apareceu no programa. Quem ganhou espaço foi a ministra dos Direitos Humanos, Luislinda Valois. Buscando dialogar com as chamadas minorias, como as mulheres, lembrando-se o fato de Luislinda ter sido uma das primeiras juízas negras do Brasil. Com isso, os tucanos visam desfazer a imagem colada no partido pelo PT de representar somente “as elites”.

O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), apareceu na reta final, seguindo a linha do diálogo com a população para, assim, encontrar soluções para os problemas.

FHC: população deve “votar não contra alguém, e sim a favor de alguém”

O ex-presidente FHC teve seu espaço. Chamou a atenção o fato de ele dizer que a população deve “votar não contra alguém, e sim a favor de alguém”. Como o PSDB está perdendo parte de seu eleitorado para o deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ), que vem crescendo nas pesquisas como opção de poder em função do desgaste das principais lideranças tucanas e da crise da política tradicional, FHC estaria, na verdade, propondo não votar no candidato “anti-Lula”.

Apesar de toda a popularidade e projeção conquistada, o prefeito de São Paulo, João Doria, esteve ausente. A incógnita é saber se isso se deve a uma estratégia para preservá-lo ou se os tucanos seguem apostando em Aécio e Alckmin.

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