O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (DEM-MS), tem se destacado positivamente nas últimas semanas no gerenciamento da epidemia do coronavírus. Mesmo sem o Brasil registrar nenhum caso da doença, a postura proativa do seu ministério, primeiro subindo o nível de alerta para “perigo iminente” e depois decretando estado de emergência em saúde pública, mostrou planejamento.
Outra boa medida são as entrevistas coletivas diárias realizadas pelo ministério, atualizando a opinião pública sobre os casos suspeitos e os riscos da doença. Junto com o Ministério da Defesa, a pasta também teve uma atuação positiva no episódio do retorno ao país dos brasileiros que estavam na cidade de Wuhan, epicentro da epidemia na China.
Outra ação de destaque foi a reunião de Mandetta com os 54 secretários de Saúde de estados e das capitais brasileiras para discutir o coronavírus. Por se tratar de área sensível e envolver um tema com potencial para alarmar a população, as iniciativas do ministro lhe renderam importante visibilidade.
O trabalho que vem sendo desenvolvido por Mandetta deve melhorar não apenas a sua imagem pública, mas também a do governo Jair Bolsonaro num segmento que costuma ser problemático. Como estamos em ano eleitoral, a visibilidade de Mandetta tem potencial para ampliar a avaliação positiva do governo na área social.
Também contribui para aumentar a força política do ministro. Vale lembrar que na pesquisa realizada pela Arko Advice em dezembro do ano passado, Mandetta recebeu nota 3,6, sendo considerado o ministro mais bem avaliado pelo Congresso, ao lado de Tarcísio de Freitas (Infraestrutura) e Tereza Cristina (Agricultura).
Mandetta também fortalece a posição do DEM no governo. Além dele, são filiados ao partido Tereza Cristina (MS) e os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (AP), fundamentais na condução da agenda econômica.