A nova pesquisa XP/Ipespe para a Prefeitura de São Paulo (SP) aponta que Celso Russomanno (Republicanos) caiu cinco pontos percentuais, tem agora 22% das intenções de voto foi ultrapassado por Bruno Covas (PSDB), que passou de 25% para 27%. Embora os dois candidatos estejam tecnicamente empatados na liderança, Russomanno vem numa tendência de queda.
O candidato que mais cresceu foi Guilherme Boulos (PSOL). Na comparação com a pesquisa de semana passada, Boulos aumentou sua intenção de voto de 12% para 16%. No limite da margem de erro – 3,5 pontos percentuais para mais ou para menos – Boulos pode estar tecnicamente empatado na segunda posição.
Vale registrar que o candidato do PSOL registra uma forte curva ascendente. Ele começou a disputa com 10% em setembro e agora já soma 16%. Márcio França (PSB) ficou estável em 8% e Jilmar Tatto (PT) passou de 4% para 5%.
Arthur do Val (Patriota) dobrou sua intenção de voto e tem 4%. Andrea Matarazzo (PSD) tem 3%. Joice Hasselmann (PSL) aparece com 2%. Os demais candidatos têm 1% ou menos. Brancos, nulos e indecisos somam 13%.
Mantido o atual cenário, a tendência é que uma das vagas no segundo turno seja de Bruno Covas. A dúvida é quem será seu adversário. Hoje, Boulos está em vantagem na disputa contra Russomanno.
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No entanto, Russomanno alterou a linha de sua campanha nessa semana. Aumentou os ataques ao PSDB, passou a se referir a Covas como “Bruno Doria” com objetivo de ligar a imagem do governador de SP, João Doria (PSDB), que é bastante rejeitado na capital paulista, a Bruno Covas, e existe a expectativa que na reta final da campanha o presidente Jair Bolsonaro grave um depoimento em apoio a Celso Russomanno.
Guilherme Boulos, por sua vez, continua apostando numa intensa mobilização via redes sociais, sobretudo em grupos de WhatsApp, e na narrativa que é preciso superar o “bolsodoria”, numa referência as candidaturas de Russomanno e Covas.
Boulos beneficiar do voto útil dos eleitores de esquerda, principalmente se Russomanno continuar em queda com Tatto e Márcio França estagnados, o que ampliaria essa transferência do voto progressista para o candidato do PSOL na reta final.
Nas simulações de segundo turno, o cenário é favorável a Bruno Covas. O prefeito venceria Russomanno (50% a 37%) e também Boulos (52% a 25%). Contra Russomanno, Covas atrai o voto de esquerda. E num embate com Boulos, o voto conservador migra para o tucano.