Será no dia 12 de dezembro, às 14h, a diplomação pela Justiça Eleitoral do presidente, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e de seu vice, Geraldo Alckmin (PSB), eleitos no dia 30 de outubro, em segundo turno.
Fontes ligadas à equipe de transição informaram que Lula só deve começar a nomear os ministros de seu governo após ser diplomado pela Justiça Eleitoral, mesmo sendo pressionado a antecipar as escolhas dos futuros auxiliares na Esplanada.
O calendário definido pelo TSE representa antecipação na data da diplomação, já que o prazo final para a realização da cerimônia pela Corte Eleitoral era 19 de dezembro. O próprio Lula sinalizou, em encontro com parlamentares do MDB ontem, quarta-feira, que poderia ser diplomado antes do previsto inicialmente.
O presidente eleito decidiu antecipar a escolha do ministro da Defesa e dos comandantes militares. A decisão ocorreu após o anúncio de que os atuais titulares das Forças Armadas vão deixar os cargos em dezembro.
Lula convidou o ex-presidente do TCU, José Múcio Monteiro, para assumir o comando da Defesa, ignorando pressão de parlamentares petistas e de aliados contra Múcio, que é visto como o “candidato do Forte Apache”, referência ao quartel-general do Exército.
Nos bastidores, dirigentes do PT pediram a Lula que insistisse com o ex-ministro da Defesa, e ex-presidente do STF, Nelson Jobim para que ele voltasse à pasta. Lula mostrou contrariedade com a cobrança. Jobim foi ministro da Defesa entre 2007 e 2011. O ex-presidente do TCU, José Múcio Monteiro, tem a simpatia da área militar e já foi convidado por Bolsonaro a integrar o governo.
Após cinco mandatos como deputado federal, Múcio já foi ministro das Relações Institucionais no governo Lula, de 2007 a 2009.
Ele é conhecido por ser um hábil negociador no Congresso. Ao deixar a equipe de Lula, ele ingressou no TCU, indicado pelo então presidente. O ex-ministro aposentou-se em 2020.