Tebet defende autonomia do Banco Central e pede manutenção de corte de juros

A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet (MDB), reforçou a sua posição a favor da autonomia do Banco Central, em entrevista ao GloboNews nesta terça-feira (16). No entanto, Tebet argumentou que a autarquia deve manter a redução de juros no país mesmo com a mudança na meta fiscal de 2025. 

Foto: Marcello Casal/Agência Brasil

— Sou a favor da autonomia do Banco Central, votaria de novo a favor da autonomia do Banco Central. Acho fundamental, foi um grande avanço. Mas acho que os juros demoraram a começar a cair. Eu não estou dizendo que os juros tinham que cair mais que 0,5% a cada reunião do Copom. É uma decisão interna.

Recentemente, a sua pasta apresentou o Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) com mudança da meta fiscal para o próximo ano. Com isso, aumenta a insegurança no mercado quanto à capacidade do Governo Federal em honrar os compromissos fiscais. 

Para a ministra, as regras do arcabouço fiscal que limitam as despesas às receitas do ano anterior são as principais responsáveis por manter as contas públicas sob controle. Logo, o governo não pretende quebrar essas regras.

No entanto, o movimento pode levar o Comitê de Política Monetária (Copom) a rever os cortes na taxa de juros das últimas reuniões do colegiado. De acordo com Tebet, o colegiado deve levar mais em consideração a melhora recente dos indicadores de inflação em relação à mudança de meta fiscal e ao cenário internacional. 

— A inflação está caindo, está surpreendendo positivamente neste aspecto a todos. E isso precisa ser levado em consideração pelo menos na próxima ou em duas reuniões do Copom. Então acredito que eles terão esse bom senso de colocar todas as questões da macroeconomia positivas não só do ano passado, mas também deste ano na mesa.

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