Em coletiva de imprensa ocorrida nesta segunda-feira (6), no Palácio dos Bandeirantes, o governador do Estado de São Paulo, Tarcísio de Freitas, defendeu o processo de privatização da Sabesp. A fala ocorre em meio à crise no fornecimento de energia em São Paulo e a críticas à Enel, companhia privada de distribuição de energia. Tarcísio diferenciou os dois casos, e pontuou que o modelo de desestatização da Enel é antigo e falho. “Na Enel você não tem clareza de metas, de servidores, do concessionário, como estará no contrato da Sabesp”, argumentou.
As críticas à companhia privada dizem respeito ao apagão recentemente ocorrido em São Paulo, ao qual deixou 1,1 milhão de imóveis sem energia elétrica por mais de 48 horas. O fato impulsionou ataques ao processo de privatização da estatal paulista de saneamento básico (Sabesp), um dos principais projetos do governo de Tarcísio de Freitas. A votação da proposta deve ocorrer ainda em 2023.
Até o momento, 1,6 milhão de clientes da empresa já tiveram a energia de seus imóveis restauradas conforme o que foi dito pela própria Enel na manhã desta segunda-feira. Cerca de 500 mil estabelecimentos da capital paulista ainda aguardam por uma resposta da companhia.
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Na avaliação do governador, o contrato da Enel tem um “investimento mal dimensionado”, e não conta com metas claras para o atendimento dos municípios. Ele ainda afirmou que no modelo de privatização proposto para a Sabesp, o governo de SP continuará como acionista da empresa.