Petistas e bolsonaristas estão interessados na vaga de Sergio Moro. Entenda

Acusado de abuso de poder econômico na pré-campanha eleitoral, o senador Sergio Moro (União-PR) pode ter o mandato cassado. De acordo com a análise de cientistas políticos, a corrida para o Senado no Paraná tende a ser polarizada, centrando-se nas candidaturas da coligação do PT e no PL. Vale lembrar que são esses os partidos que movem as ações contra Moro no Judiciário. 

Gleisi Hoffmann – Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Com uma possível disputa eleitoral, as forças partidárias já se organizam nos bastidores para lançar as suas candidaturas. 

O Brasilianista separou os principais nomes ventilados para disputar o pleito:

Ala petista

  • Gleisi Hoffmann (PT)

Formada em direito, Gleisi Hoffmann está em seu segundo mandato na Câmara dos Deputados e preside o Partido dos Trabalhadores. No ano passado, foi vice-líder do PT na Casa. Hoffmann também foi senadora pelo Paraná de 2011 a 2018. A trajetória política da deputada, além de assumir a chefia do PT após o impeachment de Dilma Rousseff, a torna um nome forte para a disputa ao Senado.

  • Zeca Dirceu (PT)

Deputado federal desde 2011, Zeca Dirceu também entra na disputa peitsta no estado. Dirceu foi líder da Federação do PT na Câmara dos Deputados de 2023 a 2024 e líder da Minoria durante o governo Bolsonaro. Além disso, foi prefeito de Cruzeiro Oeste no Paraná de 2005 a 2010, quando saiu do cargo para disputar a cadeira na Câmara. De berço político, é filho do ex-ministro da Casa Civil do primeiro mandato de Lula, José Dirceu, que também ajudou a fundar o Partido dos Trabalhadores. A candidatura de Zeca Dirceu ganha força pela sua influência no estado do Paraná e sua proximidade com setores do agro.

Zeca Dirceu – Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados

Ala bolsonarista

  • Michelle Bolsonaro (PL)

Ex-primeira dama, Michelle Bolsonaro é uma das fortes pré-candidatas da oposição para disputar o Senado no Paraná. Atualmente, Michelle preside o Partido Liberal Mulher, vertente do PL dedicada à participação feminina da sigla. O potencial político de Michelle foi destacado pelo presidente do PL, Valdemar Costa Neto, durante a campanha presidencial de Jair Bolsonaro em 2022. Entretanto, desde sua filiação ao partido, Michelle ganha espaço no cenário político e nas manifestações da legenda. 

  • Ricardo Barros (PP-PR)

Outro possível candidato pautado pela oposição é o ex-deputado federal Ricardo Barros (PP-PR). Barros foi líder do governo na Câmara dos Deputados durante o governo Bolsonaro, responsável pela articulação política dos projetos de interesse com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). O ex-deputado também foi ministro da Saúde durante o governo Temer. Atualmente, é secretário de Indústria e Comércio do Paraná sob a gestão do governador Ratinho Júnior. Com base na sua atuação política no estado e o histórico ao lado do Bolsonaro, Barros entra como forte candidato à cadeira de Moro no Senado. 

Ricardo Barros – Foto: Paulo Sérgio/Câmara dos Deputados

Sobre o julgamento de Sergio Moro

A tendência é Moro sair vitorioso no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR). A votação está empatada, mas a tendência é de que a maioria dos magistrados acompanhe o voto do relator e vote a favor do senador. O julgamento será retomado nesta segunda-feira (8).

No entanto, o caso caberá recurso e a probabilidade é de que vá ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Caso o TSE decida pela cassação do mandato de Moro, ele perderá o cargo. A medida também cassa o mandato dos suplentes eleitos na chapa de Sergio Moro. Assim, seriam convocadas novas eleições no Paraná para completar a bancada do estado na Casa Alta. 

 

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