A Petrobras reavivou o debate sobre a Margem Equatorial ao solicitar a autorização para explorar petróleo na região costeira que se estende do Rio Grande do Norte ao Amapá.
De acordo com a estatal, a área tem um potencial promissor, com perspectivas de petróleo de baixo custo e emissão de carbono reduzida. Essa oportunidade também tem atraído a atenção do mercado internacional de combustíveis.
No entanto, a iniciativa vem enfrentando fortes oposições de ambientalistas e comunidades indígenas. A localidade apresenta uma rica biodiversidade e ecossistemas frágeis, facilmente impactáveis pelas atividades de exploração.
Além disso, povos indígenas que habitam a área também temem ter seu modo de vida ameaçado.
A importância econômica da Margem Equatorial
Atualmente, as reservas do pré-sal estão em declínio. A Petrobras, então, aposta na Margem Equatorial como uma fonte crucial para garantir a autossuficiência energética brasileira.
Outro expectativa é de que a exploração do novo polo petrolífero pode impulsionar o desenvolvimento econômico das regiões Norte e Nordeste, gerando renda, investimentos e empregos nos setores formais e informais.
– Pelas características do óleo e pela estimativa dos volumes existentes, a Margem Equatorial desperta interesse não só da indústria brasileira, como também do mercado internacional de petróleo e gás, que identifica oportunidades promissoras na região que precisam ser desenvolvidas – afirmou a Petrobras, em nota.
A localização da Margem Equatorial, próxima a áreas já em produção, também oferece vantagens logísticas consideráveis. Essa proximidade facilita o escoamento da produção e otimiza os custos de exploração, tornando o projeto mais viável economicamente.
– Precisamos debater esse assunto de forma ampla e transparente, com a participação de todos os setores envolvidos, para que possamos encontrar soluções que conciliem o desenvolvimento econômico com a preservação ambiental – defendeu Júnior Ferrari (PSD-PA).