Apesar de integrantes do governo brasileiro estarem preocupados com a repercussão negativa da derrota da proposta brasileira no Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU), os esforços brasileiros para criação de um corredor humanitário e estar a escalada do conflito foi reconhecido positivamente por muitos países. O encontro do Conselho ocorreu na última quarta-feira (18), sem a presença de Lula.
Fontes das embaixadas estrangeiras em Brasília disseram ao O Brasilianista que os esforços do Brasil estão sendo reconhecidos e colocam o país como protagonista agem a partir da liderança temporária no Conselho de Segurança da ONU.
No esforço de aprovar sua proposta, o presidente Lula conversou com líderes políticos mundiais. Outro ponto destacado pelos diplomatas estrangeiros foi o sucesso da missão de resgate de brasileiros no Oriente Médio liderada pelo ministro da defesa, José Mucio Monteiro, por meio da Força Aérea Brasileira.
Entenda….
O texto apresentado pelo Brasil pedia pausas humanitárias aos ataques entre Israel e o Hamas para permitir o acesso de ajuda à Faixa de Gaza. O resultado da votação no Conselho foram 12 votos a favor, duas abstenções, sendo uma da Rússia, e um voto contrário dos Estados Unidos. Contudo, o voto norte-americano acarretou a rejeição da proposta brasileira, por se tratar de um membro permanente.
O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, explicou que o Brasil, na condição de presidente do Conselho de Segurança, foi demandado pela maioria dos membros do conselho a redigir uma proposta que acomodasse as opiniões de todos os membros.
“Depois de intensas e múltiplas consultas, apresentamos um texto que foi aceito por 12 dos 15 membros. Esse texto focava, basicamente, na cessação das hostilidades, no aspecto humanitário, criando uma passagem humanitária para que pudessem sair os nacionais de terceiros países, como nossos 32 brasileiros, e que também estabelecia a possibilidade de envio de ajuda humanitária. Infelizmente, não foi possível aprovar. Ficou clara uma divisão de opiniões”, relatou.
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Conselho permanente da ONU
O Conselho tem cinco membros permanentes, a China, França, Rússia, Reino Unido e os Estados Unidos. Fazem parte do conselho rotativo a Albânia, Brasil, Equador, Gabão, Gana, Japão, Malta, Moçambique, Suíça e Emirados Árabes. Para que uma resolução seja aprovada, é necessário o apoio de nove do total de 15 membros. Contudo, nenhum dos membros permanentes pode vetar o texto.