Em eleições municipais, os políticos com destaque nacional tradicionalmente trabalham para fortalecer a campanha de candidatos de seus partidos e aliados nos municípios. No pleito de 2024, não será diferente.
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Lula foca em SP e RJ nas eleições municipais
A tendência é que o presidente Lula se envolva nas campanhas em São Paulo e Rio de Janeiro. Lula foi um dos articuladores do apoio à pré-candidatura do deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) à prefeitura de São Paulo e o PT negocia para indicar o vice na chapa de Eduardo Paes (PSD), que tenta a reeleição no Rio de Janeiro.
No entanto, Lula deve se manter distante do processo eleitoral em cidades nas quais os partidos que integram a base aliada do governo estarão posicionados como adversários. Ainda assim, sua imagem deve ser utilizada em pequenas e médias cidades para alavancar o número de prefeituras do partido.
Ministros reforçam campanhas de seus partidos
Os ministros de Estado também devem se movimentar nas eleições de 2024. O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin (PSB), deverá focar sua atuação em São Paulo. A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet (MDB), também será utilizada por seu partido como cabo eleitoral.
O ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), deverá atuar na Bahia, cuja capital nunca esteve sob comando do PT. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), deve manter o foco na condução da economia, mas seu envolvimento em São Paulo também pode acontecer.
Bolsonaro será cabo eleitoral em todo o país
Assim como Lula, o ex-presidente Jair Bolsonaro deve priorizar os pleitos nas capitais paulista e carioca. Em São Paulo, Bolsonaro precisa definir seu apoio entre o prefeito da capital, Ricardo Nunes (MDB), e o deputado federal Ricardo Salles (PL). No Rio, o ex-presidente reforçará a candidatura do deputado federal Alexandre Ramagem (PL).
No entanto, diferente de Lula, Bolsonaro também deve se manter ativo como cabo eleitoral em outras regiões do país. O presidente nacional do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, confirmou a intenção de Bolsonaro participar ativamente de campanhas pelo Brasil.
Governadores se voltam para seus estados
Os governadores cotados como candidatos à presidência da República em 2026 também devem atuar em seus estados para ajudar a aumentar a presença de seus partidos nos municípios.
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), firmou aliança com Ricardo Nunes para evitar a eleição de Boulos na capital paulista. O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), deve atuar nas cidades mineiras em que seu apoio for demandado.
Há a expectativa também para que o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), contribua para o aumento do número de prefeitos do partido no estado. Ainda no Sul, o governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), deve priorizar a disputa em Curitiba, onde o vice-prefeito e secretário estadual das Cidades, Eduardo Pimentel (PSD), será o seu candidato.
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