Destaques da agenda de novembro

Leonardo Arruda/Flickr

Neste mês deve ser promulgada a Reforma da Previdência. De acordo com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), a promulgação pode ocorrer no dia 5, 12 ou 19. Já o líder do governo no Congresso, Eduardo Gomes (MDB-TO), afirmou que ficará para o dia 5 de dezembro.

Também neste mês começa a tramitar no Congresso a nova agenda de reformas do governo, que se divide em cinco eixos: 1) Reforma Administrativa; 2) PEC emergencial para cortar gastos obrigatórios e abrir espaço para investimentos; 3) proposta para desvincular o Orçamento da União, considerado muito engessado; 4) Pacto Federativo, com nova divisão de recursos para estados e municípios; e 5) programa de ajuda aos estados.

O projeto de lei que trata do novo marco regulatório do saneamento, de acordo com o relator, deputado Geninho Zuliani (DEM-SP), pode ser votado a partir da segunda quinzena do mês. Além disso, o projeto de lei que trata da Previdência dos Militares, cuja economia prevista é de R$ 10 bilhões em dez anos, pode começar a ser discutido no Senado.

O presidente Jair Bolsonaro tem até o dia 12 para sancionar o Projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2020. O texto (PLN nº 5/19), que prevê salário mínimo de R$ 1.039 no próximo ano, será enviado à sanção presidencial. O projeto foi aprovado na forma do substitutivo do deputado Cacá Leão (PP-BA), que manteve o reajuste do salário mínimo apenas pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), projetado para 4,11%.

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) será alvo de um processo de cassação por parte de partidos de esquerda. Na semana passada, em entrevista, ele sugeriu que poderia ser editado um novo AI-5 (Ato Institucional editado em 13 de dezembro de 1968, durante o regime militar, que fechou o Congresso, cassou mandatos de políticos, suspendeu o direito a habeas corpus para crimes políticos, entre outras medidas), caso as esquerdas insistam, segundo ele, em desestabilizar o governo de Bolsonaro. Diante das reações generalizadas de indignação com seu pronunciamento, o deputado pediu desculpas, mas a oposição deve continuar explorando o assunto.

Acontece também em novembro a 11ª Cúpula do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), nos dias 13 e 14, em Brasília. O banco do Brics (Novo Banco de Desenvolvimento – NBD) deve começar a abrir seu capital no ano que vem, atraindo cinco novos sócios. O Brasil assumirá a presidência executiva da instituição em julho de 2020. Nas próximas semanas, deve decidir qual nome vai submeter aos demais sócios para substituir no comando do banco o indiano KV Kamath, cujo mandato termina em meados de 2020.

No Poder Judiciário, são esperadas duas decisões importantes no âmbito da Operação Lava-Jato. O plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) deve concluir o julgamento sobre prisão após condenação em segunda instância. Além disso, a Segunda Turma da Corte, formada por cinco ministros, pode julgar ação sobre suspeição do hoje ministro Sérgio Moro, acusado pela defesa do ex-presidente Lula (PT) de agir politicamente no processo sobre o triplex no Guarujá (SP) quando era juiz e estava à frente do caso.

No dia 6 de novembro, será realizado o megaleilão de pré-sal com o qual o governo espera arrecadar mais de US$ 100 bilhões. No dia 20, o STF julga a lei que alterou a distribuição dos royalties de petróleo e reduziu o valor ao qual o Rio de Janeiro teria direito.

Postagens relacionadas

Guilherme Boulos sai em defesa de Lula após evento em São Paulo

MTE prorroga prazo de inscrição no portal de comunicação entre auditores fiscais e empregadores

Lula pede voto para Boulos em evento esvaziado do 1º de maio. Entenda

Usamos cookies para aprimorar sua experiência de navegação. Ao clicar em "Aceitar", você concorda com o uso de cookies. Saiba mais