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Especulações sobre o novo Bolsa Família fizeram expectativa de inflação subir, diz presidente do Banco Central

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O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, afirmou na terça-feira (17/8) que ruídos sobre o novo Bolsa Família, o Auxílio Brasil, foram responsáveis pela elevação das expectativas do mercado para a inflação de 2022 acima do projetado pela autoridade monetária.

A declaração foi dada durante um evento virtual promovido pelo Bradesco BBI, segundo a Folha de S. Paulo. O titular do BC também afirmou que economistas esperam um déficit fiscal maior que o projetado para 2022 que, segundo ele, será de 1,7% do PIB (Produto Interno Bruto) em 2021 e perto de zero no próximo ano. De acordo com a simulação do BC, a inflação deve ficar no centro da meta, que é de 3,5% com tolerância de 1,5 ponto percentual para cima e para baixo.

“Há grande quantidade de ruído em torno do Bolsa Família e de novas medidas que o governo divulgou”, afirmou em referência também à PEC (Proposta de Emenda à Constituição) dos precatórios, que trata das dívidas do governo na Justiça. “Esse ruído recente em torno de como o novo Bolsa Família será está gerando muito barulho nos dados, isso é um fato. O governo tem que passar uma mensagem forte em relação a isso”, disse Campos Neto.

Para o presidente do BC, o governo precisa explicar de onde sairá o dinheiro para financiar o Auxílio Brasil. Ele avalia que, da forma como está a proposta, a sensação que o governo passa para o mercado é de que vai fazer um programa maior sem ter disciplina fiscal.


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