O ministro do STF, Alexandre de Moraes, determinou que a Polícia Federal cumpra mandados de busca e apreensão em endereços de oito empresários que compartilharam mensagens golpistas em um grupo em um aplicativo de mensagens.
A decisão foi tomada na última sexta (19). Os mandados foram cumpridos na manhã desta nesta terça-feira (23) em cinco estados: São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Ceará.
Além das buscas, Alexandre de Moraes também determinou: bloqueio das contas bancárias dos empresários; bloqueio das contas dos empresários nas redes sociais; tomada de depoimentos; quebra de sigilo bancário.
Mensagens reveladas pelo site e notícias de Brasília, _Metrópoles_ mostram que empresários apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, passaram a defender golpe de Estado caso o ex-presidente Lula (PT), também candidato à Presidência, vença as eleições de outubro.
Pesquisas mostram que Bolsonaro encontra-se em segundo lugar, com 32% das intenções de voto, enquanto Lula aparece em primeiro, com 47% das intenções.
O procurador-geral da República, Augusto Aras, demonstrou irritação com a operação contra os empresários, deflagrada nesta manhã pela Polícia Federal e autorizada pelo ministro do STF, Alexandre de Moraes.
Segundo relatos, o procurador-geral avalia que o gesto de Moraes, que também é presidente do TSE, pode implodir os esforços de atores do Executivo e do Judiciário em busca de um acordo de harmonia que faça Jair Bolsonaro (PL) cessar suas declarações contra a urna eletrônica e o TSE.
Foram alvos da operação desta terça: Afrânio Barreira Filho (Coco Bambu); Ivan Wrobel (W3 Engenharia); José Isaac Peres (Multiplan); José Koury (Barra World); Luciano Hang (Havan); Luiz André Tissot (Sierra); Marco Aurélio aymundo (Mormaii); e Meyer Joseph Nigri (Tecnisa).