O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), participou, nesta quarta-feira (31), do ato de assinatura do Plano de Trabalho Conjunto para a Aceleração da Transição Energética, com a Agência Internacional de Energia (IEA). Em fala a jornalistas após o evento, Silveira cobrou que os países ricos incentivem o avanço das energias limpas no Brasil. “Em vez de subsídios temos que sim achar mecanismo de equilíbrio entre os países que já avançaram”, afirmou.
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A declaração do ministro encontrou apoio na fala do presidente da IEA, Fatih Birol.
– Hoje, a maior parte do dinheiro para a transição energética vem dos países emergentes. Temos que saber como os investimentos nesses países vão acontecer – pontuou o chefe da pasta.
Combustíveis fósseis e transição energética
No evento, Silveira e Birol deram grande ênfase ao potencial brasileiro para biocombustíveis e hidrogênio. Contudo, avaliaram que o uso de combustíveis fósseis deve continuar por alguns anos, atingindo seu pico em 2030 e passará a declinar a partir desse período. “O óleo não vai desaparecer da noite para o dia”, disse Birol. Segundo ele, essa janela temporal precisa ser aproveitada para que sejam feitos investimentos para a transição.
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– A transição energética só se dará efetivamente, de forma a atender seu objetivo primário, que é a sustentabilidade, se ela atender também uma realidade, que é o vetor econômico. Por isso, ela deve se dar em um ambiente de diálogo e construção. Eu nunca vi nenhuma incongruência no fato de o Brasil ser o líder das energias limpas e renováveis e, ao mesmo tempo, nós ainda, por uma necessidade de combate a desigualdade [termos investimentos em petróleo] – declarou Silveira.