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Sanções dos EUA contra a Venezuela voltam a valer após problemas em eleições

Embargo comercial americano ao petróleo e gás da Venezuela estava condicionado à lisura nas eleições do país

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Economia

Os Estados Unidos retomaram nesta quarta-feira (17) as sanções contra o petróleo e o gás da Venezuela. De acordo com o Departamento do Tesouro dos EUA, candidatos da oposição venezuelana não puderam participar da disputa à Presidência. 

 O presidente da Venezuela, Nícolas Maduro, deixa o Palácio do Itamaraty, após reunião de Presidentes dos países da América do Sul.

Foto: Rafa Neddermeyer/ Agência Brasil

Os impeditivos contra os combustíveis da Venezuela ganharam mais força em 2019, com pressão do governo de Donald Trumo pela queda de Nicolás Maduro. No entanto, o embargo levou milhares de venezuelanos a fazerem a travessia até os EUA em busca de melhores condições. Em novembro, os americanos devem decidir entre Trump e Joe Biden

Em outubro de 2023, o governo Biden costurou o Acordo de Barbados para suspender a sanção pelo prazo de seis meses. O prazo se encerra nesta quinta-feira (18) e a renovação estava condicionada à realização de eleições presidenciais transparentes. Porém, as restrições do governo venezuelano à candidatura de opositores levou os EUA a optarem pela retomada das sanções. 

— Depois de uma revisão minuciosa da situação atual na Venezuela, os Estados Unidos determinaram que Nicolás Maduro e seus representantes não cumpriram plenamente os compromissos assumidos no acordo eleitoral — afirmou o porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller.

Prazo para sanção valer

No entanto, Para evitar um desabastecimento no setor de petróleo e gás, a sanção prevê um período de 45 dias de transição. Com isso, o Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros (OFAC) emitiu uma nova licença que autoriza as transações pendentes até o dia 31 de maio.

Depois, para fazer negócios com Caracas, as empresas devem pedir autorização em Washington. Para isso, a avaliação será caso a caso para obter as licenças.

Reação da Venezuela

Por sua vez, o governo venezuelano minimizou as sanções. Em declaração pública, o ministro do Petróleo, Pedro Tellechea, afirmou que a medida abre espaço para licenças individuais que permitirão parcerias com empresas estrangeiras.

— A licença mostra que ainda estamos avançando, ainda estamos crescendo. Elas não têm efeito sobre a economia, há estabilidade máxima, crescimento máximo.

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