Carolina Militao Ao contrário do que muitos falavam, os setores que mais empregam no Brasil não estão inseridos na desoneração da folha de pagamento. De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, existem outros setores que mais empregam.
A mostra da PNAD destacou que os sete maiores setores que empregam concentram 52,4% do total de ocupados no país. Sendo eles: comércio, exceto de veículos automotores e motocicletas (15,9 milhões); agricultura, pecuária, caça e serviços relacionados (7,9 milhões); educação (6,6 milhões); serviços domésticos (5,8 milhões); administração pública, defesa e seguridade social (5,1 milhões); atividades de atenção à saúde humana (5,1 milhões) e alimentação (4,9 milhões).
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Além disso, de acordo com o levantamento os desonerados cortaram postos formais nos últimos dez anos, na contramão dos demais. Entre 2012 e 2022, o conjunto de todos os setores com folha desonerada reduziu suas participações nos totais de ocupados (de 20,1% para 18,9%), ocupados contribuintes da Previdência (de 17,9% para 16,2%) e empregados com carteira do setor privado (de 22,4% para 19,7%).
Foto: José Cruz/Agência Brasil
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Na contramão, outros setores ampliaram seus contribuintes em 14,5% (+6,7 milhões), os desonerados diminuíram em 0,2% (-18mil). Além disso, enquanto empresas privadas de outros setores expandiram em 6,3% seus empregos com carteira (+1,7 milhão), as desoneradas encolheram os seus em 13,0% (-960 mil).
Setores beneficiados com a desoneração da folha
Os setores inclusos na desoneração da folha de pagamento são: calçados, call center, comunicação, confecção, construção civil, construção de obras de infraestrutura, couro, fabricação de veículos e carroçarias, máquinas e equipamentos, proteína animal, têxtil, tecnologia da informação, tecnologia de comunicação, projeto de circuitos integrados, transporte metroferroviário de passageiros, transporte rodoviário coletivo e transporte rodoviário de cargas.
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Análise da PNAD
O estudo comparou os dados de ocupação entre 2012 e 2022, em 87 setores, da Classificação Nacional das Atividades Econômicas Domiciliar. A análise foi feita de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
