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Na abertura da Cúpula Social do Mercosul, ocorrida nesta segunda-feira (4), no Rio de Janeiro, integrantes do bloco econômico e representantes da sociedade civil criticaram o acordo com a União Europeia (UE) e destacaram o papel econômico e cultural do grupo sul-americano.
O representante do Parlasul – órgão legislativo da representação civil do grupo, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), reforçou a posição dos países da América do Sul em relação ao acordo com os europeus.
– Consolidamos a nossa convicção de que a União Europeia não pode nos impor sua participação nas compras governamentais que limitam a recuperação do nosso setor industrial e da ciência e tecnologia. Da mesma maneira, não aceitamos pré-condições ao meio ambiente. Somos países soberanos – afirmou Chinaglia.
Representando o Ministério das Relações Exteriores, a embaixadora Gisela Padovan, argumentou que o comércio com os países vizinhos é mais importante para a indústria brasileira do que as relações com a China.
Indústria brasileira
– O comércio com a China é importantíssimo, gera o nosso maior superávit. Mas o comércio com os países do Mercosul gera empregos de qualidade na indústria brasileira – comentou Gisela.
O contrato com a UE também foi criticado, de forma mais veemente, pela representante da sociedade civil do comitê organizador, Verônica Ferreira.
– Nós queremos construir a nossa soberania. E a condição para tudo isso, não poderíamos deixar de dizer, é deixarmos para trás o acordo UE-Mercosul – argumentou Verônica.
O objetivo da Cúpula Social é debater o fortalecimento da democracia na região do Cone Sul e ampliar a participação social na agenda política do bloco. O resultado das discussões será apresentado aos chefes de Estado, no dia 7 de dezembro.